Bruna Lima - Especial para o Correio
postado em 21/06/2018 19:10
O líder do grupo skinhead neonazista foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a 27 anos de prisão em regime inicialmente fechado. O homem, que não teve o nome divulgado, é acusado de matar outro membro do grupo. O crime aconteceu em fevereiro de 2007 e foi motivado pela conquista do comando da associação.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o autor teria surpreendido a vítima com disparos de arma de fogo, enquanto ela conversava com uma mulher em frente a um supermercado, em Águas Claras. Após atirar, o homem fugiu.
Além da disputa pela liderança do grupo neonazista, outro motivo do crime foi a tentativa da vítima em manter um relacionamento amoroso com A ex-companheira do réu. Devido ao uso do recurso que dificultou a defesa da vítima, a pena foi agravada.
Outros fatores que influenciaram foram as provas de que, como líder da associação, o acusado ordenava que os outros integrantes realizassem espancamentos. Se recusassem, eles próprios sofreriam as agressões.
Deixar de fazer parte do grupo também não era uma possibilidade, já que o integrante seria morto. O autor também é acusado de jogar um passageiro para fora de um ônibus após se envolver em uma briga com ele na parada de ônibus.
Na casa do homem foram apreendidos materiais que fazem referência ao nazismo. O réu também tem diversas tatuagens que fazem referência à ideologia que defende a superioridade da raça branca e condena ;com violência física, psicológica e moral ; as minorias ou grupos específicos como negros, homossexuais e judeus. A defesa do acusado ainda pode recorrer da decisão.