De responsabilidade da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), os investigadores cumprem dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e nove de busca e apreensão domiciliar, nas regiões administrativas do Recanto das Emas, Samambaia, Ceilândia e em cidades do Entorno do DF: Novo Gama e Luziâna. A apuração policial durou cinco meses.
Os policiais chegaram até os criminosos após a Operação Smart, realizada em 7 e 8 de novembro de 2017, que mirava grupo especializado na venda de veículos clonados para outros estados, em especial a Bahia. No fim da ação, nove pessoas foram presas e 20 veículos roubados no DF recuperados. Porém, de acordo com a investigação, ainda faltava identificar os responsáveis por fornecer a documentação falsa dos veículos.
Funcionamento
Após os roubos dos carros, os homens eram solicitados para produzirem a documentação dos veículos. Cada um dos suspeitos agiam de forma independente. O pagamento era feito em dinheiro e cada certificado saía por cerca de R$ 350, segundo o delegado Alexandre de Araújo, da Corpatri.
"Eles usavam um papel muito parecido com o da documentação verdadeira, pegavam dados de carros dentro da legalidade e fraudavam os certificados. Para imprimir as informações, eles utilizavam impressoras matriciais", explica Alexandre.
A nova documentação era válida por um ano. Por conta da qualidade dos certificados, os agentes de trânsito não conseguiam identificar as fraudes. O delegado delimita que só houve a comprovação da falsificação após perícia da Polícia Civil. Agora, agentes irão investigar se os homens tinham um laboratório específico para produzir os certificados.
Se condenados, o trio responderá por falsificação de documento público. A pena é até 6 anos de reclusão, por cada certificado fraudulento.