Cerca de 68 anos após o único confronto em Copas do Mundo, Brasil e Suíça voltam a se enfrentar, neste domingo (17/6), na estreia das Seleções no Mundial da Rússia. A milhares de quilômetros do estádio onde rola a bola, na Arena Rostov, os brasilienses entoam gritos de apoio e vibram, envoltos em bandeiras verde-amarelas, como se os jogadores pudessem ouví-los enquanto driblam o primeiro obstáculo rumo ao hexacampeonato. O primeiro gol da Seleção, marcado por Philippe Coutinho, foi muito comemorado no Delta, da Asa Norte.
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Caracterizada por chapéus ou cocais verde-amarelos e camisas da Seleção, a família da servidora pública Lucineide Costa, 49 anos, assiste atenta à partida no Beirute, na Asa Sul. Antes do início do jogo, ela apostou no bolão do bar. O palpite é de 2 x 1 para a seleção: um de Neymar e outro de Coutinho. Para a brasiliense, os bons resultados serão repetidos ao longo dos demais confrontos. "Somos favoritos. Nossos jogadores são guerreiros, temos um ótimo técnico e viemos de bons resultados", cravou.
Camisa 11 da seleção, Philippe Coutinho marcou e levou a família e demais presentes no bar ao êxtase. Depois do gol, os funcionários do bar começaram a cumprir a promessa aos clientes: a cada bola na rede, serão distribuídos petiscos e chopp.
O bancário Antônio Carlos Alves, 62, acordou cedo para acompanhar, ao lado da esposa, Elaine Garcia, 45, os jogos deste domingo (17). No início da tarde, às 12h, torceram pelo México, na partida contra a Alemanha. No confronto entre Brasil e Suíça, a expectativa é de vitória, por 3 x 1, da Seleção Canarinha. "Temos um time heterogêneo e alinhado", argumentou.
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Antônio diz não temer um confronto contra os alemães logo nas oitavas de final, partida prevista caso o Brasil ocupe a primeira colocação do grupo E e a Alemanha, a segunda posição do grupo F. "Um placar daquele tipo nunca mais vai acontecer. Foi uma situação isolada. Um jogo em que o Brasil entrou de salto alto e fez pouco", lembrou.
A decepção pela eliminação na semifinal de 2014, com a derrota por 7 x 1 para a Alemanha, parece estar distante. Nos bares e restaurantes da capital, os únicos sentimentos são de esperança e ansiedade pela sexta estrela.
Torcida animada
Na Asa Norte, o público torcia pela Seleção do Brasil com muito barulho. O Delta Bar colocou dois telões e duas televisões para os espectadores. Até o final do jogo, teve promoção de cerveja: Quem comprasse uma Budweiser, levava outra. Os aperitivos também estavam com desconto.
Antes mesmo do jogo começar, o bar já estava lotado. Segundo os proprietários, Guilherme Cecílio, Willian Farias e Pedro Sá, todos com 26 anos, cerca de 250 pessoas assistiam ao jogo e vibraram com o gol de Philippe Coutinho. Os três estavam confiantes na conquista do hexa. ;Para esse jogo, apostei 3 x 0 para o Basil;, afirmou Willian.
Nas mesas, um grupo de amigos assistia atento ao jogo. Os estudantes Davi Alves, Jacqueline Almeida, Rafael Dutra e Myrella Moura estavam confiantes da vitória brasileira. É a primeira Copa que os amigos assistem juntos e todos tem certeza de que a Alemanha não será páreo para o Brasil.
;Na copa de 2014 eu estava em uma feira. Levantei para comprar um café e a Alemanha fez um gol. Paguei o café e a Alemanha fez outro gol. Quando voltei pra mesa tinha outro gol.;, contou Rafael que, desta vez, está seguro de que o 7x1 não se repetirá.
Suíça ataca
A euforia brasiliense que embalou os ataques da Seleção do Brasil durante o primeiro tempo deu lugar ao silêncio após o gol da Suíça, marcado por Steven Zuber. Ainda assim, muitos torcedores acreditam na recuperação do time brasileiro, com a atuação de Neymar ou Gabriel Jesus.
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