Seis pessoas foram presas e um permanece foragido, suspeitos de participarem de associação para o tráfico de drogas em São Sebastião. Um dos homens havia sido preso em 25 de dezembro de 2017 e, quando agentes da 30; Delegacia de Polícia (São Sebastião) começaram a investigar o grupo que ele estava ligado. Os policiais também contaram com denúncias anônimas para desarticular o grupo, que agia há, pelo menos, um ano na região administrativa. A primeira fase da investigação, que culminou na Operação Sombra, durou seis meses.
Segundo o delegado João Guilherme Medeiros, chefe da 30; DP, os sete homens agiam juntos. "Apesar de às vezes não ocorrer a comunicação direta entre eles, havia a interligação, feita por alguns dos envolvidos. Mas, em geral, era um grupo organizado, que mantêm contato com outras associações de tráfico da região, que serão investigadas", explica.
Além das prisões, agentes apreenderam uma espingarda calibre 12, diversas munições, 12 tubos de lança perfume, anotações de contabilidade, duas balanças de precisão, embalagens para preparar porções de entorpecentes, 20 microsselos de LSD, centenas de comprimidos de êxtase, skunk, haxixe, MDMA, cocaína e cerca de 2kg de maconha. Ainda, foi encontrado de R$ 14 mil em espécie e um carro.
O delegado delimita que essas drogas eram comercializadas para traficantes, que vendiam em São Sebastião e, os sintéticos, eram revendidos em festas eletrônicas. Também ocorria o repasse para usuários da cidade e do Jardim Botânico. "Até o momento, identificamos que os entorpecentes são oriundos de outros estados, mas saíam, sobretudo, do Rio de Janeiro e da região Norte", explica João Guilherme.
Dos seis presos, apenas dois não tinham passagem pela polícia. Os registros são por roubo, tráfico de drogas, porte de arma, homicídio qualificado, corrupção de menores e associação criminosa. Agora, o grupo responderá por associação para o tráfico e tráfico de drogas. Somadas, as penas podem chegar a 25 anos de prisão.
Criminalidade
Para o delegado João Guilherme Medeiros, a prisão de grupos ligados ao tráfico pode diminuir a ocorrência de crimes violentos na cidade. "Esse tipo de associação é, geralmente, núcleo de outros crimes, como roubos, estupros e até homicídios, por conta de dívidas de drogas", esclarece.
"Por isso, o nosso foco na região tem sido em acabar com esses grupos. Muitas das vezes, esses indivíduos são violentos e coagem a população, que se sente insegura. Esta foi a primeira fase da operação, que poderá ter desdobramentos", finaliza o delegado.