De acordo com a Polícia Civil, os homens trabalhavam na empresa de distribuição de combustíveis. Para subtrair os produtos, eles furtavam lacres para a entrega dos combustíveis, como explica o delegado André Luis de Oliveira. "Quando eles enchiam os caminhões-tanque, usavam um lacre roubado em vez do lacre original da entrega. Eles saíam do local, estacionavam em um pátio próximo à empresa e enchiam os próprios galões. Após subtraírem o produto, colocavam o lacre original, para que o cliente final não percebesse o furto", delimita.
Como o lacre no caminhão era o mesmo da nota fiscal dos postos de combustíveis, o cliente não notava o furto e aceitava a mercadoria. Segundo o delegado, eles furtavam, em média, 100 litros antes da entrega e estocavam o produto em galões de 20 litros. Um caminhão-tanque pode comportar até 15 mil litros de combustível. Os postos de combustíveis lesados não foram identificados até o momento.
Ainda segundo o delegado, o grupo tinha clientes fixos. "Eles subtraíram os produtos de acordo com a demanda dos clientes. Após realizar as entregas, o que restava era vendido para outras pessoas ou era mantido em estoque", esclarece André. Um receptador foi identificado até o momento. Ele será intimado a depor. Os investigadores ainda apuram mais detalhes sobre para quem e a que preço era vendido o material furtado.
Nas residências, policiais encontraram galões vazios e também com combustíveis, o que reforçou a suspeita do envolvimento nos furtos. Eles responderão por furto qualificado, associação criminosa e crime contra a economia popular. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão.