Jornal Correio Braziliense

Cidades

Funcionários de distribuidora do DF furtam 10 mil litros de combustível

Quatro pessoas foram presas temporariamente pelo crime. Investigações apontam que eles agiram por pelo menos dois meses e revendiam os combustíveis furtados

Quatro homens foram presos, nesta sexta-feira (8/6), acusados de furtarem combustíveis de uma distribuidora dos produtos, localizada no Guará. Um quinto envolvido ainda não foi preso. A ação ocorreu por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), que investigou o grupo por dois meses. Cerca de 10 mil litros de combustíveis teriam sido furtados durante o período. A polícia recomendou à empresa que a rotina de trabalho dos suspeitos não fosse alterada, para não levantar suspeitas e interferir nas investigações.
De acordo com a Polícia Civil, os homens trabalhavam na empresa de distribuição de combustíveis. Para subtrair os produtos, eles furtavam lacres para a entrega dos combustíveis, como explica o delegado André Luis de Oliveira. "Quando eles enchiam os caminhões-tanque, usavam um lacre roubado em vez do lacre original da entrega. Eles saíam do local, estacionavam em um pátio próximo à empresa e enchiam os próprios galões. Após subtraírem o produto, colocavam o lacre original, para que o cliente final não percebesse o furto", delimita.
Como o lacre no caminhão era o mesmo da nota fiscal dos postos de combustíveis, o cliente não notava o furto e aceitava a mercadoria. Segundo o delegado, eles furtavam, em média, 100 litros antes da entrega e estocavam o produto em galões de 20 litros. Um caminhão-tanque pode comportar até 15 mil litros de combustível. Os postos de combustíveis lesados não foram identificados até o momento.
Ainda segundo o delegado, o grupo tinha clientes fixos. "Eles subtraíram os produtos de acordo com a demanda dos clientes. Após realizar as entregas, o que restava era vendido para outras pessoas ou era mantido em estoque", esclarece André. Um receptador foi identificado até o momento. Ele será intimado a depor. Os investigadores ainda apuram mais detalhes sobre para quem e a que preço era vendido o material furtado.
Agentes cumpriram, pela Operação Diesel, quatro mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão na casa dos envolvidos no esquema criminoso. Os policiais realizaram as ações em Valparaíso, Luziânia e Ceilândia. O quinto mandado de prisão ainda será cumprido, pois o suspeito não foi encontrado.
Nas residências, policiais encontraram galões vazios e também com combustíveis, o que reforçou a suspeita do envolvimento nos furtos. Eles responderão por furto qualificado, associação criminosa e crime contra a economia popular. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão.