Cidades

Hospital de Base e de Ceilândia recebem capacitação do Sírio-Libanês

A ação faz parte do projeto governamental "Lean nas Emergências". O objetivo é promover melhorias no atendimento de emergências

Bruna Lima - Especial para o Correio
postado em 06/06/2018 23:10
O programa é focado em melhorar e acelerar atendimentos de emergência
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) vão receber reforço no atendimento por meio de um projeto implementado pelo Hospital Sírio-Libanês. Chamado de "Lean nas Emergências", a assistência faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) do Ministério da Saúde e tem como objetivo promover melhorias no atendimento hospitalar de urgências e emergências em todo o país. O projeto piloto já passou por seis unidades de saúde.

O programa já está sendo implantado no pronto-socorro o HBDF com consultores especializados realizando a capacitação dos servidores do instituto. "A previsão é que o programa, que enfatiza a prevenção de desperdícios de tempo, mão de obra e insumos, agregando valor ao serviço, seja desenvolvido ao longo dos próximos seis meses", afirmou em nota a direção. Atualmente, o hospital realiza de 350 a 500 atendimentos de urgência e emergência todos os dias.

Quanto à execução do Lean dentro do Hospital Regional de Ceilândia, a Secretaria de Saúde não soube informar se as ações já estavam sendo aplicadas.

Em troca da implementação do projeto, o Sírio-Libanês - tido como referência no país em atendimento médico de qualidade - obtém isenções fiscais. "A contribuição do Sírio-Libanês para a melhoria da saúde pública no país faz parte do seu compromisso social, da sua missão de compartilhar seu conhecimento para promover gestão em assistência hospitalar, excelência em atendimento e saúde para o povo brasileiro", explicou o diretor geral do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Chapchap.

Além das duas unidades do DF, outros oito hospitais vão receber o programa. Eles estão localizados em Roraima, Rio Grande do Sul, Minas gerais, Paraná, Espírito Santo e São Paulo. A expectativa do Ministério da Saúde é de que até o fim de 2020, 100 serviços de emergência passem pelo programa, treinando mais de 450 profissionais. A metodologia Lean deve ser implementada também nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Resultados do projeto piloto

Até agora, seis hospitais passaram pelo projeto piloto, que aconteceu de agosto a dezembro de 2017 e treinou as instituições, além de ajudar na implementação de melhorias para garantir agilidade e eficiência nos procedimentos. De acordo com o Ministério da Saúde, a fase se "mostrou-se eficaz em reduzir a superlotação e melhorar o atendimento nas emergências".

Das seis unidades que passaram pelos testes, a pasta divulgou o resultado de quatro. O Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (GO) apresentou uma melhora de 44% até abril de 2018, ao mensurar quisitos como agilidade, qualidade equantidade de atendimentos. Já o Hospital Regional de São José (SC) registrou aumento de 80% no número de cirurgias no primeiro quadrimestre deste ano. O Hospital Metropolitano Odilon Behrens (MG), reduziu o tempo de espera na Clínica Médica de 5 horas para 1 hora e meia. O Hospital Geral de Palmas está há mais de 20 dias sem paciente no corredor.

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