Cidades

Estoque de gás de cozinha pode acabar em poucas horas, diz sindicato

Abastecimento está comprometido em todo o DF, e não há previsão de quando novos botijões chegarão às revendedoras de Brasília

Augusto Fernandes
postado em 30/05/2018 15:20
São aproximadamente 400 pontos de revenda no Distrito Federal. Situação é crítica em Brazlândia, Planaltina e Sobradinho
O Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de Gás LP do DF (Sindvargas) teme que o estoque de botijões de gás de cozinha chegue ao fim em todo o Distrito Federal. De acordo com o presidente do sindicato, Sérgio Costa, a situação é preocupante. "Todas as revendas estão desabastecidas, assim como as distribuidoras. Os prejuízos são incalculáveis. Tudo pode acabar em poucas horas", alertou.

Existem aproximadamente 400 revendas no Distrito Federal. De acordo com o Sindvargas, as de Brazlândia, Planaltina e Sobradinho são as principais afetadas. "O DF é abastecido com o gás de refinarias de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Devido à distância, e a bloqueios que aconteceram dentro do DF, essas três cidades estão sofrendo mais", disse Costa.

[SAIBAMAIS]O presidente contou que 25 carretas de distribuidoras saíram de Brasília com destino a Betim (MG), para tentar o abastecimento em refinarias. No meio do caminho, contudo, alguns veículos foram alvo de depredação. "Os motoristas estão com medo de represálias, e inseguros quanto à sua integridade física e também das cargas. Mesmo com escoltas federais, eles não estão a salvo", alertou.

Segundo Costa, em média, são consumidos 20 mil botijões de gás de cozinha no Distrito Federal. Ontem, dois caminhões conseguiram entregar os objetos em revendas, com 4 mil botijões. "É uma quantidade insuficiente, e a procura está sendo grande. Estamos recebendo botijões a conta gotas. Hospitais, asilos, presídios e centros comerciais correm o risco de ficarem desabastecidos", ponderou.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, anunciará, ainda nesta quarta-feira (30), novas medidas para enfrentar a crise de abastecimento causada pela paralisação. No início da greve, o GDF criou um gabinete de crise para acompanhar a situação.


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