Jornal Correio Braziliense

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Comércio tem prejuízo de R$ 92,5 milhões com a greve dos caminhoneiros

Apesar dos desabastecimentos causados pelos bloqueios nas estradas, mercadorias perecíveis já chegam aos mercados e as filas nos postos de gasolina devem diminuir ao longo da semana


Segmentos de combustíveis e lubrificantes, além de hiper e supermercados do Distrito Federal já acumulam prejuízo de R$ 92,5 milhões desde o início da greve dos caminheiros. Com o levantamento, divulgado nesta terça-feira (29/5) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), a expectativa de crescimento do varejo em 2018 cai de 5,4% para 4,7%.

Apesar da crise no abastecimento de insumos, o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, afirma que a é uma situação momentânea. "Os consumidores não precisam estocar produtos. Nós estamos orientando os empresários a não se aproveitarem da situação de greve para aumentarem os preços. Não se trata de uma situação de escassez e, sim, de uma situação de crise", afirma.

De acordo com o Sindicato do Comércio atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista-DF), o estoque do segmento ainda consegue abastecer a cidade por 30 dias. Nos supermercados, já chegam novos produtos às prateleiras. ;Conseguimos receber bananas, tomates, algumas carnes e aos poucos estamos recebendo frutas, verduras e legumes, que são os alimentos perecíveis. Estão liberando algumas rodovias, o que facilita a entrada dos alimentos na cidade;, disse Antonio Perón, presidente do Sindicato dos Supermercados do Distrito Federal (Sindsuper-DF).

Nos postos de gasolina, os caminhões que chegam para repor o combustível ainda não são suficientes para eliminar as filas. A expectativa do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis) é de que a situação se normalize ainda este fim de semana.