Walder Galvão - Especial para o Correio
postado em 29/05/2018 07:52
Agentes da 24; Delegacia de Polícia (Setor O, em Ceilândia) apreenderam três adolescentes suspeitos de assassinar Maria Eduarda Rodrigues de Amorim, 5 anos, em Ceilândia. A criança foi morta com um tiro na cabeça e o irmão dela de 19 anos também foi atingido. O crime aconteceu em 21 de maio deste ano. O criminosos dispararam contra as vítimas, que estavam dentro de casa.
Os policiais ainda procuram Walisson Ferrerira da Silva, 21 anos, outro suspeito de ter participado do crime. Ele é conhecido como Dedé na região e está foragido, com mandado de prisão preventiva. De acordo com a Polícia Civil, Walisson estava dentro do veículo no momento do crime.
Os policiais trabalhavam com a hipótese de que uma guerra de gangues entre a QNO 18 e 17 de Ceilândiateria motivado o crime. Um dos irmãos da vítima, de 15 anos, seria o alvo dos criminosos. Ele é suspeito de ter participado do assassinato na quadra da gangue rival.
O velório de Maria Eduarda, mais conhecida como Duda, ocorreu dois dias após o crime no Cemitério Campo da Esperança de Taguatinga. Durante a cerimônia, policiais militares abordaram uma pessoa suspeita de ter algum tipo de ligação com o crime, no entanto, o suspeito foi liberado em seguida. Familiares e amigos da família também afirmaram terem visto os responsáveis pelo crime no local.
Investigação
Os disparos que mataram Maria Eduarda e deixaram um irmão dela, de 19 anos, ferido, saíram de um Voyage preto. A suspeita é de que os três adolecesntes teriam teriam roubado o veículo cerca de 20 minutos antes. Um agente encontrou o carro abandonado, na noite de terça-feira, em Ceilândia. Outra vítima recente da disputa entre jovens moradores da QNO 17 e QNO 18 é um rapaz 17 anos, jogador de futebol amador, assassinado em uma parada de ônibus da QNO 17, ao lado da irmã de 12 anos.
Agentes da 24; Delegacia de Polícia afirmam ter apreendido suspeitos dos crimes, em operações desencadeadas pela unidade para desarticular o comando das gangues da região. A matança teria reiniciado após um dos adolescentes fugir de um centro de internação e retornar à QNO 18, onde mora, há uma semana. Com um amigo, também morador da área, ele encontrou um terceiro adolescente, rival, residente na QNO 17, em 17 de maio. A dupla o espancou e o ameaçou de morte. Até então, ela não teria nenhum envolvimento na rixa entre as quadras.
Três dias depois, no domingo, o adolescente da QNO 17 e um amigo foram a uma parada de ônibus da quadra. Encontraram o jogador de futebol amador de 17 anos e a irmã dele. No mesmo momento, passou o bando da QNO 18 que havia agredido o rapaz da 17. A turma da 18 abordou o jovem atleta. Questionaram a quadra dele. Antes que reagisse, o menino levou três tiros. Caiu morto ao lado da irmã. Parentes, vizinhos e policiais garantem que eles não tinham envolvimento com gangue ou crime algum.