O movimento nos bares e restaurante, na noite desta sexta-feira (24/5), era intenso. O que a princípio seria uma notícia boa para os donos dos estabelecimento se transformou em preocupação. Sem receber itens básicos para o funcionamento por conta da greve dos caminhoneiros, a sentença era unânime: "vamos ter que fechar".
Em um bar no Setor de Industrias Gráficas, o gerente Sidney Ribeiro contou que as paralisações pegaram os comerciantes de surpresa. "Não deu tempo de preparar um estoque maior do que o que prevemos para a semana. Então já estamos sem gás e tivemos que comprar botijões de cozinha de casa, o que não é apropriado para fogão industrial. As bebidas devem durar só até segunda e com esse movimento ficamos ainda mais preocupados. O pessoal da região veio em peso, deixando de sair para longe, por conta do combustível", contou.
Já o gerente de outro estabelecimento, no Sudoeste, Oscar Korb disse que conseguiu fazer um estoque maior. "As bebidas devem durar até quinta, mas o gás de cozinha só dá até sábado. Na segunda, não sabemos como os funcionários vão vir trabalhar, já que não tem combustível. Vai faltar e não tem para onde correr, não tem medida nenhuma que podemos tomar para evitar".
Nos bares visitados pela reportagem, a maioria dos clientes optou por curtir a noite próximo de casa. "Se fosse um lugar distante, nem sairia. Estou escolhendo comer fora e guardar os alimentos que tenho em casa, já que a gente não sabe até quando vai durar essa paralisação", explicou a estudante Elisângela Marques.
Quem também escolheu ficar perto da residência foi o analista de sistemas Sidney Mazzorana. "Se acabar aqui, curtimos com a bebida que tem dentro de casa. Pode faltar tudo, que eu continuo apoiando à greve dos caminhoneiros", opinou.