Isa Stacciarini
postado em 25/05/2018 13:54
Desde quarta-feira (23/5), caminhoneiros, motoboys, motoristas de aplicativos e transportes escolares bloqueiam a saída de caminhões da central de distribuição da Petrobras, localizada no Setor de Industrias e Abastecimento (SIA). Nesta sexta-feira (25/5), os manifestantes concordaram em liberar 10 caminhões, após intermediação do subsecretário de Movimentos Sociais e Participação Popular, Acilino Ribeiro.
O combustível será utilizado para abastecer ambulâncias, veículos da Polícia Militar e carros oficiais. Mais cedo, o governador Rodrigo Rollemberg havia dito que, para as viaturas e ambulâncias, só havia combustível para mais dois ou três dias. Na quinta-feira (24/5), os participantes do movimento concordaram em liberar três caminhões no início da manhã e mais cinco no fim do dia. A justificativa usada para liberação foi a mesma da desta sexta: não interromper o funcionamento dos serviços públicos da capital.
"Chegamos a um acordo, porque não queremos atrapalhar a população que precisa de atendimento médico e de urgência. Esses caminhões vão abastecer caldeiras de hospitais, ambulâncias, viaturas e vão para postos credenciados do GDF para manter o atendimento de quem precisa", afirmou Denice Nascimento, representante da Cooperativa dos Transportadores Escolares e Turismo do DF (Cootetur-DF).
Tensão constante
Mesmo com o acordo, o clima de tensão é constante entre autoridades e manifestantes, pois uma parte do grupo não concorda mesmo com a liberação de alguns veículos. A deixar o local, o subsecretário Ribeiro precisou entrar em uma viatura da PM e foi hostilizado pelos manifestantes contrários à decisão de liberar os caminhões. Houve bate-boca e princípio de tumulto.
Por volta das 14h, políciais militares de Goiás chegaram ao local para tentar a liberação de mais um caminhão, que abasteceria a região do Entorno. Nessa hora, os ânimos se acirraram, pois os manifestantes não concordaram com a saída de mais veículo.
Instrutores de autoescola, que aderiram ao movimento ; que conta ainda, além de caminhoneiros, com motoristas de aplicativos e de vans, taxistas e motoboys ;, usaram seus carros para impedir a passagem. A tropa de choque da Polícia Militar do DF foi novamente acionada e houve muita gritaria e tumulto. Até a última atualização desta matéria, o impasse continuava.
Segundo o coronel Arnaldo Costa, comandante do 2; Comando de Policiamento Regional Metropolitano (CPRM) da PMDF, a polícia tenta manter a situação em "um clima pacífico e harmônico". "A chegada de PMs de Goiás foi só para tentar garantir o abastecimento do Entorno", assegurou.
A cavalaria e a tropa de choque da PM vem acompanhando a manifestação diariamente. Um helicóptero da corporação também sobreboa a área. Mesmo após acordo entre representantes dos caminhoneiros e o governo federal, muitos representantes do movimento mantêm a paralisação e impedem a distribuição de combustíveis para o DF.