A cerimônia começou às 14h30 desta quarta-feira (23/5), na Capela 3. O velório começou às 14h30 e o sepultamento ocorreu por volta das 17h30. Ainda incrédulos com o crime, a expressão de indignação está presente no rosto daqueles que chegam para dar adeus a Duda, como era conhecida entre os amigos. Muito abalada, uma das tias da garota não conseguiu ficar na cerimônia e precisou ser retirada do cemitério pelo marido.
Mais de 50 pessoas, entre crianças e adultos, se organizam dentro e fora da capela para dar adeus a Maria Eduarda. Os mais próximos da criança ficam ao lado do caixão e se abraçam enquanto choram. O silêncio marca a despedida da pequena, apenas algumas músicas religiosas são cantadas durante o velório.
"Não podemos deixar o nome da Duda ser esquecido"
[SAIBAMAIS]"Amável, adorável e cheia de vida", assim Cristiane Ferreira, 35 anos, descreve Duda. A mulher é amiga da família e conta que hoje veio pedir justiça. De acordo com ela, o sentimento de medo ficou para os moradores da região. ;Toda semana é uma situação de violência diferente. Não podemos deixar o nome da Duda ser esquecido;, comenta. Cristiane afirma que a população pede socorro contra a violência.
Os professores da Escola Classe 56, onde Duda estudava, organizaram uma homenagem à pequena. Balões brancos e uma faixa desejando paz foram levadas até o local do velório. Um dos professores da unidade de ensino, Lairton Flores relata que todos se solidarizaram com o caso. ;É uma criança que teve a vida ceifada brutalmente;, lamenta. Ele descreve Maria Eduarda como uma criança dedicada e inteligente. Agora, a preocupação dos funcionários da escola é em relação à segurança dos estudantes.
Brutalmente assassinada
Maria Eduarda foi assassinada na segunda-feira (21/5), dentro da própria casa. A polícia acredita que o irmão dela, também atingido por disparos na perna, era o alvo dos criminosos. A principal linha de investigação confirma a acusação de moradores, de que a ação é consequência da guerra de gangues que disputam territórios nas quadras QNO 17 e QNO 18 de Ceilândia.