Após o encerramento do recadastramento de beneficiários do %2bEspecial, programa que garante gratuidade no transporte público a pessoas com deficiência (PcD), o Transporte Urbano do DF (DFTrans) suspendeu 36,4 mil cartões do sistema de bilhetagem dos usuários que não atualizaram o cadastro do benefício. Dos 64.224 usuários, somente 27,8 mil fizeram o recadastramento obrigatório.
"A partir do momento que não houve recadastramento decidimos fazer a suspensão porque não temos provas de que a pessoa que está cadastrada realmente precisa do benefício. Foi uma medida necessária tendo em vista que a gratuidade é subsidiada por recursos públicos", apontou o Diretor-Geral do DFTrans, Marcos Tadeu de Andrade.
Os usuários com deficiência ou doença crônica do transporte público do DF, por lei, têm direito à gratuidade, mas o cadastro deve ser atualizado a cada dois anos, segundo a Lei Distrital 4.582, de 7 de julho de 2011. A última atualização de dados teve início em novembro de 2017, podendo ser feita pelo portal do Bilhete Único de Brasília ou em postos de atendimento do DFTrans. O recadastramento foi extendido duas vezes até a última sexta-feira (18/5), durando cerca de seis meses. Em janeiro, o DFTrans alertou que a perda do prazo acarretaria a suspensão do benefício.
O diretor-geral ressaltou que todas as pessoas que procurarem o posto de atendimento do DFTrans devem apresentar os documentos exigidos e, se tiverem o recadastramento aprovado, terão o benefício de volta. "A pessoa só terá o direito liberado quando a atualização cadastral for devidamente aprovada pela análise do DFTrans, o que leva até 20 dias úteis."
Economia
Com a medida, o DFTrans estima uma economia de R$5 milhões por mês, resultando em um ganho de R$61 milhões por ano, que será investido na melhoria do sistema de transporte público do DF. Em 2017, o GDF investiu 108 milhões no benefício.
*Estagiária sob supervisão de Ana Letícia Leão.
*Estagiária sob supervisão de Ana Letícia Leão.