, ainda não têm previsão de quando poderão voltar para casa. No total, 24 apartamentos estão interditados. Profissionais do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Defesa Civil trabalham no lugar para identificar possíveis riscos à estrutura da edificação. Enquanto isso, quem vive no lugar busca abrigo na casa de familiares ou em hotéis.
No início da manhã desta terça-feira (15/5), os moradores do prédio foram até o local em busca de informações e para tentar pegar itens pessoais dentro dos apartamentos. Os agentes da Defesa Civil montaram um esquema e liberaram a subida das pessoas com equipamento de segurança e acompanhamento de profissionais do órgão. Muitos foram em busca de remédios, roupas e documentos.
[FOTO1159860]
[SAIBAMAIS]Com cinco filhos em Brasília, o aposentado José Carlos Vasconcelos, 79 anos, afirma que não terá problemas em conseguir um lugar para passar a noite, mas relata o susto que passou na tarde de ontem. Ele estava em casa no momento em que o fogo começou. "Foi uma situação horrível. Estava tudo escuro e precisávamos descer as escadas. Lembro que tinha muita fuligem e fumaça. Coloquei uma toalha molhada no rosto e saí;, recorda.
José mora no apartamento 401 e não teve prejuízos. Ele vive com a mulher e precisou ser levado ao hospital após o ocorrido. ;Por causa do susto, fiquei mais de seis horas em acompanhamento;, diz. Sem previsão para voltar para casa, o homem afirma que espera que a situação seja normalizada o mais rapidamente possível.
[FOTO1159370]
[FOTO1159370]
O advogado Antônio Teixeira, 41 anos, ficou sabendo do incêndio quando estava no trabalho. Ele mora no 3; andar. ;Apenas a empregada doméstica estava em lá. Foi um susto muito grande;, conta. O imóvel do advogado não sofreu danos, mas é um dos que está interditado. Ele precisou ir com a família e os dois filhos para um hotel. ;Ainda não sei se temos como levar as crianças para a escola. Até para trabalhar eu estou impedido;, lamenta. Antônio foi ao apartamento nesta manhã para pegar roupas.
Rompimento de cabos de sustentação
A segunda vistoria da Defesa Civil, realizada nesta terça, identificou o rompimento de quase todos os cabos de sustentação da laje do apartamento 603, onde o fogo começou. Agora, engenheiros do prédio precisarão fazer o escoramento da estrutura para os profissionais do órgão darem início à perícia. Essa avaliação permitirá identificar as condições reais do prédio. Enquanto esse procedimento não for realizado, os moradores não poderão voltar para casa.
O projetista estrutural à frente do escoramento, Alexandre Campos, afirma que a expectativa é de que o procedimento seja realizado até o fim desta tarde, mas diz que ainda não sabe determinar quando os moradores poderão voltar para casa. ;Ainda é muito cedo para falarmos sobre o grau de comprometimento. Precisamos fazer esses ajustes mais técnicos, como escoramento, para começar a trabalhar;, frisa.