Jornal Correio Braziliense

Cidades

Parte do prédio que pegou fogo é liberado; uma das prumadas segue fechada

Nenhum morador do residencial teve permissão para passar a noite nos apartamentos


Profissionais da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros liberaram parte do bloco M da Quadra 110 da Asa Norte. Um incêndio atingiu a edificação na tarde dessa segunda-feira (14/5) e destruiu um dos apartamentos, o 603. O acesso às 24 unidades residenciais da prumada afetada pelas chamas continua interditado.
Os moradoradores das outras unidades ; o edifício tem 60 no total ; já podem voltar. Durante a noite, nenhum deles teve permissão para entrar, pois havia o receio de que o fogo tivesse danificado a estrutura do apartamento e colocasse em risco o prédio.

No início da manhã desta terça-feira (15/5), o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e a Defesa Civil trabalhavam no lugar. O cheiro de fumaça ainda era intenso e a circulação de pessoas no pilotis do bloco estava parcialmente interditada. Por volta das 8h30, poucos moradores circulavam pelo prédio.

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A segunda parte da vistoria terminou às 9h. De acordo com o subsecretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra, houve o rompimento de quase todas as cordoalhas de aço do sistema de proteção da laje sobre a varanda do apartamento. Esse dano impediu a perícia no apartamento incendiado, pois a varanda poderia ceder, mas não representa risco à estrutura do edifício como um todo.
"Precisamos fazer o escoramento dessa estrutura (laje do apartamento 603) para realizar a perícia. Um engenheiro do prédio deve vir ainda nesta tarde para fazer esse serviço", afirmou Bezerra. A expectativa é liberar a entrada nos demais apartamentos ainda nesta terça.

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A energia elétrica dos 24 apartamentos da prumada onde ocorreu o incêndio continua desligada. Isso porque, além da unidade tomada pelas chamas, há grande quantidade de fuligem nas outras residências. "O local do incêndio ficou completamente destruído, sem aproveitamento de nenhum item", disse Bezerra.

Moradores têm ido ao prédio em busca de informações e também para buscar objetos nos apartamentos. Os agentes da Defesa Civil estão liberando a subida individual dessas pessoas para pegar itens essenciais, como remédios e roupas. No entanto, é necessário usar capacete para subir.

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A médica Cristina Pessoa, 36 anos, precisou ir até o apartamento dela, no 5; andar, para pegar roupas da filha de 2 anos. "Minha casa não ficou danificada. Não estava aqui no momento do incêndio, mas a gente fica preocupada de qualquer forma", comentou.

[SAIBAMAIS]Durante o incêndio, duas mulheres precisaram ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros. Elas ficaram presas em um apartamento vizinho ao 603. Por conta da fumaça, não conseguiam deixar o local. Os militares precisaram usar uma escada para chegar até as vítimas.

Quatro coberturas atingidas

O fogo, que começou por volta das 15h30, só foi totalmente apagado às 20h30. Das oito coberturas individuais, quatro foram atingidas de alguma forma pelo incêndio. A fumaça tomou conta de toda a prumada. As chamas, no entanto, ficaram contidas no apartamento 603. O calor chegou a danificar parte do 604.

Atuaram no combate às chamas e no resgate às vítimas cerca de 50 militares, seis viaturas, duas escadas, quatro ambulâncias, além de carros da Polícia Militar, que organizaram o trânsito, já que o Eixinho W ficou fechado durante o combate às chamas.

Por volta das 19h30, a entrada de parte dos proprietários foi liberada, apenas para que eles pegassem alguns objetos essenciais. Nos apartamentos mais próximos ao fogo, quem pegou os pertences foram os próprios militares.