Os agentes da 11; Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante) ainda não identificaram o suspeito de assassinar o revisor de textos do Correio Rubens Bonfim Leal, 35 anos. Ele foi encontrado morto em um quarto de motel no Núcleo Bandeirante no último domingo (13/5). A principal suspeita é de que um jovem, de aproximadamente 20 anos, teria cometido o crime. Rubens será velado hoje, na Capela 3 do Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, às 12h. O sepultamento está marcado para as 15h.
O delegado à frente do caso, Robson Candido, afirma que os agentes estão empenhados em identificar os suspeitos e que começaram a escutar testemunhas do caso. "Não daremos grandes informações sobre o crime, para não atrapalhar as investigações", diz. A mesma orientação foi passada aos familiares da vítima. O irmão de Rubens, João Bonfim Neto, 36, diz que não concederá mais entrevistas até a conclusão da apuração policial.
No domingo, em entrevista ao Correio, João acusou de omissão os funcionários do Paradise Vegas Motel, local do crime, já que eles teriam escutado um pedido de socorro do revisor e relataram que suspeito ainda tentou deixar o estabelecimento duas vezes antes de fugir pulando o muro. Em contrapartida, o gerente do motel, Francisco Novaes, afirma que desentendimentos são comuns no estabelecimento e que, por isso, não intervieram. "Para a gente, é normal esse tipo de discussão. Nosso ramo é complicado. Quando tudo ficou em silêncio, pensamos que a situação estava tranquila", comenta. O lugar não tem câmeras de segurança.
O crime
Rubens chegou ao local às 7h45, acompanhado pelo suspeito. Os dois solicitaram a permanência de oito horas em um quarto. Às 8h30, uma camareira ouviu gritos de socorro, mas ninguém interveio. Meia hora depois, o criminoso usou o carro do revisor para tentar sair do motel, mas os funcionários não autorizaram. Ao voltar para suíte, ele ligou para a recepção tentando se passar pela vítima, sem sucesso outra vez. Foi então que o criminoso decidiu fugir, subindo em uma Kombi e pulando a cerca. Os funcionários só foram até o local do crime às 16h, quando o período de permanência expirou.
O revisor estava com as mãos e as pernas amarradas com lençóis e com a boca amordaçada. O corpo tinha marcas de ferimentos na cabeça e na altura do pescoço. Os policiais militares não encontraram nenhum documento da vítima no quarto, mas o identificaram a partir da placa do carro.