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Parte do apartamento incendiado na 110 Norte pode desabar, diz Defesa Civil

Os moradores não puderam retornar aos apartamentos, apenas foram autorizados a pegar objetos essenciais e sair

, disse a Defesa Civil. A perícia avaliou que houve o rompimento de um cabo de protensão, responsável pela resistência da estrutura.

"Percebemos um pequeno dano estrutural, com o rompimento de pelo menos um cabo de protensão e existe a possibilidade de uma queda da marquise ou da varanda (do prédio). Por isso, a recomendação dos bombeiros é de que nenhum morador durma no edifício hoje", afirmou o subsecretário da Defesa Civil, Sérgio Bezerra. Os 60 apartamentos foram desocupados.

Amanhã, às 9h, será iniciada uma nova avaliação. "Após a contração das estruturas, por conta da dilatação do fogo, poderemos perceber melhor a extensão do problema. Com a avaliação, deve-se começar o escoramento vertical da estrutura ou um outro caminho a ser indicado uma ação específica", concluiu Bezerra.

Idosa de 90 anos resgatada das chamas

Já pegava fogo o apartamento 603 quando uma idosa de aproximadamente 90 anos foi resgatada por dois vizinhos. Ela e um cachorro estavam sozinhos na duplex do genro. O local, avaliado e mais R$ 2 milhões, foi totalmente tomado pelas chamas.
"A idosa não soube dizer o que teria provocado o incêndio. Relatou apenas que ouviu uma explosão em um dos quartos, foi até o local e não viu nada. Quando percebeu, já estava pegando fogo", contou o coronel Marco Negrão, do Corpo de Bombeiros, comandante da operação.

Enquanto essas três pessoas conseguiram sair das casas, duas mulheres ficaram presas no apartamento 602. Elas não conseguiam deixar o imóvel por causa da grande quantidade de fumaça no corredor e da dificuldade de locomoção de uma delas.

Síndica pediu socorro


Míriam Layla Absy, síndica do prédio e uma das vítimas presas, ligou para a amiga e vizinha Maria Antonieta Turini, 65, pedindo socorro. "Saí do prédio 10 minutos antes de o incêndio começar. A síndica, que é muito minha amiga, me ligou desesperada dizendo: ;Pelo amor de Deus, eu estou sufocando!'. Ela contou que nenhum dos porteiros atendia o interfone, então voltei correndo. Cheguei e vi que o fogo tinha tomado todo o andar", relatou Maria, que ficou apreensiva observando o resgate ao lado dos demais vizinhos.

As mulheres saíram pela escada magirus de um caminhão dos bombeiros e o resgate durou quase uma hora. "Fizemos várias tentativas para que a escada (do caminhão) chegasse à sacada. Como as vítimas estavam bem e calmas, fizemos o procedimento da forma correta, devagar, para não travar o sensor de aproximação (da escada)", explicou Negrão. Todas as cinco vítimas precisaram de atendimento médico por inalar fumaça, assim como um bombeiro.
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Quatro coberturas atingidas

O fogo, que começou por volta das 15h30, só foi totalmente apagado às 20h30. Das oito coberturas individuais, quatro foram atingidas de alguma forma pelo incêndio. A fumaça tomou conta de toda a prumada. O fogo, no entanto, ficou contido no apartamento 603 e o calor chegou a danificar parte do 604.
Atuaram no combate às chamas e no resgate às vítimas cerca de 50 militares, seis viaturas, duas escadas, quatro ambulâncias, além de carros da Polícia Militar, que organizaram o trânsito, já que o Eixinho W ficou fechado durante o combate às chamas.

Por volta das 19h30, a entrada de parte dos proprietários foi liberada, apenas para que eles pegassem alguns objetos essenciais. Nos apartamentos mais próximos ao fogo, quem pegou os pertences foram os próprios militares.

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