<img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2018/05/13/680359/20180513113746806817i.jpeg" alt="Ruas estreitas dificultaram o trabalho do Corpo de Bombeiros" /><div style="text-align: justify">Na madrugada deste domingo (13/5), um incêndio ocorreu dentro de um lote com vários barracos de madeira e alvenaria na vila Santa Luzia, na Cidade Estrutural. As ruas estreitas e com erosões dificultaram o acesso dos carros do Corpo de Bombeiros ao endereço, mas a corporação conseguiu impedir que o fogo se alastrasse para outras residências. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Morador de um dos barracos, Okleone Brito, de 37 anos, foi o primeiro a tentar apagar o fogo. Desesperado, ele acabou passando mal por inalar muita fumaça e precisou ser retirado do lote e atendido pelo Corpo de Bombeiros. Seis viaturas e 26 militares atuaram na ocorrência. A perícia será realizada na área para indicar as causas do incêndio. O Corpo de Bombeiros voltará no local ainda neste domingo para avaliar quantos barracos foram atingidos pelo fogo. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A região fica a menos de um quilômetro do Aterro do Jóquei, mais conhecido como Lixão da Estrutural, fechado em janeiro deste ano. A área tem alto riscos de incêndios, devido ao acúmulo de resíduos no solo. </div><h3 style="text-align: justify">Precariedades </h3><div style="text-align: justify">O <strong>Correio </strong>vem mostrando por meio de reportagens a série de dificuldades vividas pelos moradores de Santa Luzia. Uma decisão judicial de 2016 exigiu a realocação das cerca de 10 mil pessoas que vivem na invasão para fora da faixa de 300 metros ao redor do Parque Nacional, área onde atualmente fica 90% da população.<br /><br /></div><div style="text-align: justify">A menos de 20km do Congresso Nacional, os moradores se sentem enxergados pelo Governo. Por ser uma invasão, <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwczovL3d3dy5jb3JyZWlvYnJhemlsaWVuc2UuY29tLmJyL2FwcC9ub3RpY2lhL2NpZGFkZXMvMjAxOC8wNC8xNS9pbnRlcm5hX2NpZGFkZXNkZiw2NzM3NTUvYXJlYXMtY2FyZW50ZXMtZG8tZGYtdGVtLWNvbnN1bW8tbWVkaW8tZGUtYWd1YS1hYmFpeG8tZG8tcmVjb21lbmRhZG8uc2h0bWwiLCJsaW5rIjoiaHR0cHM6Ly93d3cuY29ycmVpb2JyYXppbGllbnNlLmNvbS5ici9hcHAvbm90aWNpYS9jaWRhZGVzLzIwMTgvMDQvMTUvaW50ZXJuYV9jaWRhZGVzZGYsNjczNzU1L2FyZWFzLWNhcmVudGVzLWRvLWRmLXRlbS1jb25zdW1vLW1lZGlvLWRlLWFndWEtYWJhaXhvLWRvLXJlY29tZW5kYWRvLnNodG1sIiwicGFnaW5hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsIm1vZHVsbyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9wayI6IiIsImljb24iOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIiwiaWRfdHJlZWFwcCI6IiIsInRpdHVsbyI6IiIsImlkX3NpdGVfb3JpZ2VtIjoiIiwiaWRfdHJlZV9vcmlnZW0iOiIifSwicnNzIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIifSwib3Bjb2VzIjp7ImFicmlyIjoiX2JsYW5rIiwibGFyZ3VyYSI6IiIsImFsdHVyYSI6IiIsImNlbnRlciI6IiIsInNjcm9sbCI6IiIsIm5vZm9sbG93IjoiIiwib3JpZ2VtIjoiIn19">não há atendimento de água e nem de saneamento urbano</a>. Os moradores fazem gatos na rede da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) para ter água em casa, e o esgoto é jogado em fossas ou diretamente na rua. </div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2018/05/13/680359/20180513113813823892u.jpg" alt="Francisca Dias, nas ruas da invasão da fazenda Santa Luzia: o esgoto improvisado se mistura com a água da chuva e forma um lamaçal" /> </div><div style="text-align: justify">Famílias numerosas vivem em pequenas habitações, muitas ainda com estrutura de madeira. <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwczovL3d3dy5jb3JyZWlvYnJhemlsaWVuc2UuY29tLmJyL2FwcC9ub3RpY2lhL2NpZGFkZXMvMjAxOC8wMS8yOC9pbnRlcm5hX2NpZGFkZXNkZiw2NTYxOTYvY2hhY2FyYS1zYW50YS1sdXppYS1kZi5zaHRtbCIsImxpbmsiOiJodHRwczovL3d3dy5jb3JyZWlvYnJhemlsaWVuc2UuY29tLmJyL2FwcC9ub3RpY2lhL2NpZGFkZXMvMjAxOC8wMS8yOC9pbnRlcm5hX2NpZGFkZXNkZiw2NTYxOTYvY2hhY2FyYS1zYW50YS1sdXppYS1kZi5zaHRtbCIsInBhZ2luYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJtb2R1bG8iOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfcGsiOiIiLCJpY29uIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsImlkX3RyZWVhcHAiOiIiLCJ0aXR1bG8iOiIiLCJpZF9zaXRlX29yaWdlbSI6IiIsImlkX3RyZWVfb3JpZ2VtIjoiIn0sInJzcyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIn0sIm9wY29lcyI6eyJhYnJpciI6Il9ibGFuayIsImxhcmd1cmEiOiIiLCJhbHR1cmEiOiIiLCJjZW50ZXIiOiIiLCJzY3JvbGwiOiIiLCJub2ZvbGxvdyI6IiIsIm9yaWdlbSI6IiJ9fQ==">A principal fonte de renda dos moradores vinha do trabalho como catadores no Lixão da Estrutural.</a></div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O Governo planeja realocar as famílias, as colocando em casas sobrepostas, que serão construídas no limite das áreas da Santa Luzia e da Estrutural. A expectativa da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab/DF) é que as obras comecem até o fim de julho, e que a população seja realocada gradualmente. Os moradores não terão que pagar pelas novas residências.</div><div style="text-align: justify"><br /></div>