Victor Campos fazia treinamento no 6; Grupo de Instrução de Lançadores Múltiplos de Foguetes das Forças Armadas. A reportagem do Correio apurou que o tiro foi disparado por um sargento e atingiu a parte de trás e atravessou a cabeça de Victor. Ainda não se sabe se o disparo aconteceu durante o treinamento de tiro. Ele morreu na hora. A Polícia do Exército foi acionada e fez a perícia.
O militar era primo do deputado federal João Campos (PRB). O parlamentar, que é delegado, disse que levará o caso ao presidente da república, Michel Temer. ;O fato aconteceu. Partimos do pressuposto que foi acidental. Mas não posso conceber que, em pleno Século XXI, com a tecnologia que temos, as Forças Armadas façam um treinamento com munição letal. Temos todos os recursos para que essas atividades sejam feitas com o mesmo desempenho com munição não letal;, criticou.
João Campos também questionou a forma com que a família foi tratada pelo exército. Foi após uma reclamação do parlamentar que o Exército disponibilizou um avião para levar o corpo de Victor para o Pará. "A segunda coisa que me incomodou é que, em países desenvolvidos, e não estou falando de quem está em guerra, quando um militar sofre um acidente, ele e a família tem todo um apoio da força. Ele colocou a vida a favor da pátria. Tem aeronave, ambulância, tudo. Mas fui descobrir que as Forças Armadas tem um contrato com uma seguradora, e essa empresa que cuida da funerária e da questão do translado do corpo", afirmou.
Ainda de acordo com João Campos, Victor é de Redenção do Pará, no sul do estado e não há voos comerciais para a região. "É um membro do exército brasileiro, e que perdeu a vida na função. É uma questão de estado", disse. Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Exército comentou o ocorrido. Segundo o texto, uma equipe médica prestou os primeiros socorros e transportou a vítima para o Hospital Municipal de Formosa, onde verificou-se que Victor estava morto. Além disso, a investigação ficará a cargo de uma equipe de perícia do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília. "Um inquérito policial militar será instaurado para apurar o fato ocorrido", afirma o texto.
Por último, a assessoria da corporação informou que o Comando de Operações Especiais "está tomando todas as providências para apoiar a família do militar, através de uma equipe, composta por um psicólogo e um capelão militar".