Cidades

Funcionários da Caesb entram em greve a partir desta quinta-feira

Segundo a companhia, paralisação não afetará serviços prestados à população. Servidores reivindicam reajuste salarial e garantia de direitos trabalhistas

postado em 10/05/2018 05:50
Em 2016, servidores da empresa aderiram à paralisação, que durou 89 diasApós assembleia promovida na semana passada, funcionários da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) decidiram entrar em greve a partir da primeira hora desta quinta-feira (10/5). A paralisação é por tempo indeterminado e, segundo os servidores da empresa, motivada pela retirada de direitos trabalhistas consolidados em Acordo Coletivo, e pelo não atendimento às revindicações para a data-base de 2018.

A previsão do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do DF (Sindágua) é de que apenas 30% dos funcionários permanecerão em atividade durante a paralisação. "Os trabalhadores tentaram evitar a greve com a proposta de não terem reajuste salarial este ano, com o fim da perseguição da greve de 2016 e prorrogação do acordo coletivo por 30 dias. Porém, a direção da empresa recusou tudo", afirma nota da entidade.

Na segunda-feira (7/5), a Caesb lamentou a decisão e informou que tem tentado negociar com o sindicato da categoria há pelo menos 60 dias. Segundo nota divulgada pela companhia, a empresa ofereceu proposta de reajuste de 1,25%, além da manutenção dos benefícios do último acordo trabalhista firmado. "A Caesb entende que a greve é inoportuna e irresponsável e informa que tomará providências para minimizar os prejuízos à população do DF."

Ainda de acordo com o texto da companhia, o índice 1,25% se trata do que "a Caesb pode oferecer diante de um momento de dificuldades e crise", durante o qual "o faturamento da empresa sofreu forte redução". A Caesb informou que, apesar da defasagem na quantidade de funcionários, não haverá prejuízo no atendimento à população.

Reajustes e descontos


O Sindágua informou que o movimento também é a favor do fim do racionamento, sem reajustes extraordinários. Em nota, a entidade informou que a greve é contra o "sucateamento da empresa, a má gestão de recursos hídricos e o repasse desses custos à população".

Outro ponto questionado pelos servidores são os descontos na remuneração decorrentes de paralisação de 89 dias em 2016. A Caesb informou que os abatimentos estão previstos em sentença, transitada em julgado, expedida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). No entanto, segundo o Sindágua, uma audiência ocorrerá no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 10; Região, no próximo dia 22, para discussão do tema.

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