Uma mulher foi assassinada na tarde desta sexta-feira (4/5), por volta das 14h, com cinco tiros, em Ceilândia. Um irmão e um primo da vítima relataram que o crime foi cometido por um policial militar, apontado como ex-namorado da vítima.
Segundo parentes, Jessyka Laynara Silva, 25 anos, era ex-namorada do PM, identificado como Ronan Rego, que não aceitava o fim do relacionamento. "Eles já haviam terminado algumas vezes ao longo do relacionamento. Ele a ameaçava, ia atrás dela em casas de familiares. Ele a vigiava. Ficava realmente na cola, ameaçando, dizendo que ia matá-la e não ficaria preso, pois é policial", conta Leonardo Silva, 35 anos, primo da vítima. Ela e o agressor mantiveram o relacionamento amoroso por aproximadamente seis anos.
O homem, atingido no peito, na mão e de raspão na perna, foi socorrido e transportado ao Hospital Regional de Ceilândia, onde passou por cirurgia. O estado de saúde é considerado crítico, segundo o sargento Marcus Silva, do Corpo de Bombeiros.
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A caso é investigado pela 24; Delegacia de Polícia (Setor O - Ceilândia). O acusado de cometer os dois crimes ainda não foi localizado.
Em frente à casa onde Jessyka morava com os avós, o irmão e primos, a clima é de tristeza e de revolta. Familiares e amigos da vítima ainda não conseguem entender a tragédia. Na entrada da rua, uma viatura da polícia militar faz o bloqueio.
O pai de Jessyka chegou ao local por volta das 17h. Muito abalado e revoltado com o crime, gritava e precisou ser contido por familiares e amigos.
Violência contra a mulher
A Lei Maria da Penha, sancionada em agosto de 2006, prevê, além das medidas protetivas, que determinam o afastamento do agressor, ações educativas com o objetivo de prevenir casos de violência doméstica e contra a mulher. Especialistas destacam esse é o caminho para se alcançar, a longo prazo, a redução do número de mortes.