Anualmente, a partir de 1; de junho, entra em vigor o aumento referente ao reajuste tarifário, que faz parte do Contrato de Concessão, para adequar o valor da conta de água aos índices inflacionários. A cada quatro anos, é feita também uma revisão tarifária. A última ocorreu em 2016, mas a Caesb fez o pedido extraordinário alegando que, devido à crise hídrica, teve queda no faturamento e aumento nas despesas.
Em entrevista ao Correio, o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, contou que devido o racionamento, o consumo de água no DF caiu em 12%, e com isso o caixa da companhia diminuiu R$ 110 milhões em 2017, comparado com o ano anterior. Queda de cerca de 5%. "A Caesb é uma empresa não dependente do governo, ela vive com os recursos da arrecadação. Mas, no último ano, não tínhamos água para ofertar, fomos obrigados a diminuir o volume distribuído e, com isso, o faturamento da empresa caiu", afirmou.
Na segunda-feira (23/4), a Adasa realizou audiência pública para ouvir propostas da população sobre o reajuste. A agência sugeriu que a revisão tarifária extraordinária fosse de 2,06%, que acabou sendo o valor publicado, apenas o IRT acabou maior do que o sugerido pela agência na audiência, que era de 0,51%.
O Correio mostrou que as tarifas da conta de água já haviam subido mais de 30% nos últimos quatro anos. A mesma quantidade de água que, em 2014, custava R$ 100, hoje sai por R$ 138,70. Agora, com o novo aumento, sairá por R$ 142.84.
Segundo a Adasa, caso a Caesb não concorde com o reajuste definido, a concessionária pode entrar com recurso, que é julgado pela própria agência regulatória. O Correio entrou em contato com a Caesb para saber se a empresa pretende entrar com recurso, que respondeu por meio da assessoria de imprensa que o reajuste anual é previsto em contrato e que a Caesb vai executar a tarifa autorizada pela Adasa.
Confira os reajustes na tarifa de água nos últimos quatro anos, segundo a Adasa:
2014 - 7,39%
2015 - 16,20%
2016 - 7,98%
2017 - 3,1%