Jornal Correio Braziliense

Cidades

Médico é condenado pela segunda vez por morte de paciente

Sérgio Puttini Machado é réu em duas ações por homicídio culposo. Ambas as sentenças não são definitivas e o médico responde em liberdade

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou o médico Sérgio Puttini Machado a dois anos de detenção pelo homicídio culposo da paciente Marlene Pereira de Medeiros Vieira. A pena foi substituída por duas medidas de restrição de direitos, que ainda serão fixadas pela Vara de Execuções Penais. Ainda cabe recurso da decisão.

A ação foi movida pela Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-Vida) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O órgão afirmou que vai recorrer junto ao judiciário, pedindo um aumento de pena.

De acordo com a denúncia, a paciente Marlene passou por uma cirurgia para a retirada da vesícula biliar, em novembro de 2012. Ela recebeu a alta de Sérgio Puttini, mas apresentou fortes dores, não conseguindo se levantar da cama. O médico informou à família, no entanto, que os sintomas eram normais e não recebeu atendimento de imediato.

Após o agravamento do quadro, a mulher foi submetida a outros quatro procedimentos cirúrgicos com Sérgio. Não vendo resultado, a família procurou outro profissional, que submeteu a paciente a mais três cirurgias. No entanto, Marlene não resistiu e morreu por falência múltipla dos órgãos com quadro de infecção em decorrência de necrose. O juiz entendeu que ;o réu agiu com imperícia durante a cirurgia e foi negligente no pós-operatório;.

Outros casos

Este não é a primeira morte de paciente do médico que resultou em condenação. Em dezembro de 2015, ele foi condenado a um ano e quatro meses de detenção por homicídio culposo após complicações ocasionadas por uma cirurgia. A pena foi revertida em prestação de serviço comunitário e limitação de final de semana. No entanto, foi interposto um agravo que aguarda julgamento. Sérgio aguarda a sentença em trânsito julgado em liberdade. O Correio tentou contato com a defesa do médico, porém não obteve retorno.