Os metroviários decidiram, em assembleia neste domingo (8/4), por uma greve a partir de meia-noite de 16 de abril. A categoria reivindica reajuste salarial, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF (Sindmetro-DF).
Os trabalhadores voltarão a se reunir no próximo domingo (15). Israel Pereira, um dos diretores do sindicato, explicou a situação: "Não temos nenhuma proposta financeira da companhia da data base. Recebemos uma carta de que a empresa quer agendar uma reunião com a participação do GDF na quarta-feira para manter o diálogo aberto. A data base da categoria está vencida (desde 1; de abril) pelo acordo de negociação, infelizmente não temos proposta".
A assessoria de imprensa do Metrô afirmou que a empresa continua aberta a negociações com o sindicato e disse que já foi oferecida duas vagas para participação do conselho de administração. Em relação ao reajuste, completou que isso está judicializado.
Greve
No fim do ano passado, os metroviários fizeram uma greve que durou 40 dias. A categoria voltou a trabalhar em 19 de dezembro de 2017 depois de decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 10; Região (TRT-10).
Por isso, o tribunal definiu que os metroviários não teriam de pagar multa nem compensar os dias parados. A partir de então, o Metrô-DF teria 90 dias para ajustar os salários dos funcionários (em 8,4%), de acordo com a convenção coletiva da categoria de 2015, além de um ano para quitar as parcelas retroativas. A sentença do grupo que trata de dissídios coletivos foi unânime. Segundo os desembargadores, o fato de os metroviários não terem recebido o reajuste da convenção coletiva de 2015 tornava a reivindicação justa e legal.
Por isso, o tribunal definiu que os metroviários não teriam de pagar multa nem compensar os dias parados. A partir de então, o Metrô-DF teria 90 dias para ajustar os salários dos funcionários (em 8,4%), de acordo com a convenção coletiva da categoria de 2015, além de um ano para quitar as parcelas retroativas. A sentença do grupo que trata de dissídios coletivos foi unânime. Segundo os desembargadores, o fato de os metroviários não terem recebido o reajuste da convenção coletiva de 2015 tornava a reivindicação justa e legal.
Acidentes
Falhas e os consequentes atrasos não são tão incomuns no Metrô-DF. Em 28 de fevereiro, um dos trens descarrilou entre as estações Águas Claras e Arniqueiras, o que causou transtorno aos usuários. O acidente foi causado por um problema no freios. Segundo a companhia, os passageiros haviam descido dos vagões antes do descarrilamento justamente pelo defeito. Apenas o condutor estava no veículo e não se feriu. Em dezembro de 2017, um princípio de incêndio assustou passageiros e funcionários que estavam estação de metrô do Guará. O fogo começou nas cavaletas que controlam os trens, onde fica o circuito elétrico dos trilhos. O local ficou coberto de fumaça. A estação teve de ser fechada por 25 minutos e não houve feridos.
Satisfação
Uma pesquisa do ano passado verificou que a maioria dos usuários está satisfeita com o Metrô-DF. O índice de satisfação é de 85% ; desse total, 38,6% dos passageiros dão nota 8 aos serviços. Os respondentes citaram como pontos positivos apresentação pessoal dos empregados, baixo número de furtos e roubos, infraestrutura, carro exclusivo para mulheres e pessoas com deficiência, painéis que mostram o destino dos trens, primeiros socorros (trata-se do único transporte público do DF que realiza esse atendimento).
Os usuários elencaram como pontos negativos o horário de funcionamento aos domingos e feriados, que deveria ser ampliado; extensão da linha, que poderia ser expandida para outras cidades; obras inacabadas em estações do Plano Piloto; e o crescente número de pedintes e ambulantes. O levantamento foi encomendado pelo próprio Metrô-DF e consultou 2.926 pessoas, das quais 57,20% usam esse transporte diariamente.
Os usuários elencaram como pontos negativos o horário de funcionamento aos domingos e feriados, que deveria ser ampliado; extensão da linha, que poderia ser expandida para outras cidades; obras inacabadas em estações do Plano Piloto; e o crescente número de pedintes e ambulantes. O levantamento foi encomendado pelo próprio Metrô-DF e consultou 2.926 pessoas, das quais 57,20% usam esse transporte diariamente.