Evelise completou 7 anos em novembro de 2017 e é filha da girafa Leo, que morreu em 2011 com 17 anos, e da girafa Yaza que nasceu no Zoológico de Belo Horizonte em julho de 2003 e chegou ao Distrito Federal em agosto de 2004. Em média, em vida livre,m elas vivem de 10 a 15 anos.
Mesmo diante do diagnóstico, a superintendente de Conservação e Pesquisa do Zoológico, Ana Raquel Gomes Faria, Ana Raquel, ressaltou que os sintomas de Evelise são diferentes dos apresentados pelo elefante Babu que morreu em 7 de janeiro após uma parada cardiorrespiratória. Pouco mais de um mês depois, em 20 de fevereiro, o Zoológico anunciou que ele poderia ter sido vítima de envenenamento. ;O Babu acordou no chão e de lá não levantou mais. A Evelise estava sentada e, quando as girafas se deitam, é normal. Mas ela foi estimulada e se levantou. Está andando e se movimentando;, garantiu.
No entanto, a reportagem do Correio não foi autorizada a vê-la com a justificativa de que o animal poderia apresentar ansiedade.
Em nota, o Zoológico de Brasília informou que a girafa passa por exame clínico anual. No entanto, com o quadro clínico atual, a equipe técnica decidiu antecipar a avaliação de rotina, que seria realizada em julho. "Nesta sexta, ela já se alimentou bem melhor, porém ao longo do dia Evelise continuará em observação pela equipe de veterinários, biólogos, zootecnistas e tratadores do Zoo, que irão prover qualquer atendimento necessário", ressaltou o texto.
A equipa também explica que o quadro renal exige atenção e tratamentos específicos, como monitoramento das análises de sangue, urina e estímulo a hidratação. "O caso não guarda qualquer similaridade com o que foi encontrado no quadro do elefante Babu, falecido em janeiro desse ano", frisou.
Fechamento
Aconteceria hoje um julgamento da ação popular que pede o fechamento temporário das visitações pelas condições do zoo após a morte do elefante Babu, mas a audiência de conciliação foi adiada para 9 de abril, a pedido da Procuradoria-Geral do DF.
A ação popular protocolada na Vara de Meio Ambiente é movida pela Confederação Brasileira de Proteção Animal. A entidade alega falta vigilância, o que seria um facilitador para o suposto ato criminoso de envenenamento de Babu.
O documento cita outros casos. Entre eles, o registros de estado de estresse e alimentação deficiente dos animais; a falta de monitoramento e câmeras desligadas no local; as feridas ocasionadas pelo sol em elefantes; e um casal de felinos vivendo em situação precária, sem acesso ao gramado e à luz solar.
O zoo informou que só se manifestará sobre as denúncias após ser notificado oficialmente e alegou que a instituição tem um sistema de vigilância que está sendo ampliado, com 160 câmeras novas, posicionadas em pontos estratégicos.