Chegury aponta que a chegada do juiz eclesiástico foi um dos motivos para deflagração da operação. Na segunda-feira (19/3), tanto ele quanto o bispo foram presos na cidade do Entorno. Além da dupla, policiais civis detiveram mais sete pessoas, entre padres e pessoas vinculadas à diocese da região. O grupo é acusado de desviar dinheiro de dízimos, casamentos e eventos promovidos pelas paróquias.
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Uma das gravações telefônicas, captadas com autorização judicial, revela a conversa de duas pessoas, comentando que o juiz eclesiástico chegaria ao município goiano exatamente para intimidar os religiosos. Uma das pessoas flagradas seria Mário Vieira de Brito, outra religioso preso durante a operação. "Padre Thiago não está vindo manso?;, pergunta Mário a uma pessoa não identificada. Em seguida, essa pessoa responde: "É uma lista grande, do tamanho do mundo. São 12 ou 14 padres", explica, se referindo aos outros sacerdotes, que não queriam participar do esquema e, por isso, passariam a ser retaliados.
Depoimentos
Com o fim desta fase na investigação, os promotores concluirão a denúncia, que deve ser apresentada nesta sexta-feira (23/3) à Justiça. Os suspeitos foram presos temporariamente. Isso significa que eles podem ficar encarcerados por até cinco dias, prazo que se encerra nessa sexta. Por lei, esse tempo pode ser estendido por mais cinco dias, mas os promotores pretendem converter a prisão de temporária para preventiva.
Interventor
Nesta quinta, o arcebispo de Uberaba (MG), dom Paulo Mendes Peixoto, assumiu o posto de administrador apostólico da Diocese de Formosa. Mendes chegou a Brasília por volta do meio-dia e participou de reuniões na Nunciatura Apostólica e na Conferência Nacional dos Bispos (CNBB). Após os eventos, ele seguiu para Formosa.