Jornal Correio Braziliense

Cidades

Padres não respondem a todas as perguntas durante depoimento no MP

A recomendação foi feita pela defesa dos acusados. A denúncia do desvio de verba deve ser concluída na sexta-feira (23/3)

. Na lista estão o bispo de Formosa, dom José Ronaldo Ribeiro ; responsável por 33 paróquias ;; o vigário-geral da Diocese da cidade, monsenhor Epitácio Cardozo Pereira; os padres e párocos Moacyr Santana, Waldoson José de Melo e Mário Vieira de Brito; o juiz eclesiástico Thiago Wenceslau; o secretário da cúria, Guilherme Frederico Magalhães; e os empresários, apontados como laranjas do esquema, Pedro Henrique Costa Augusto e Antônio Rubens Ferreira.

O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) acusa os religiosos de um desvio milionário, que pode ultrapassar R$ 2 milhões. O esquema teria iniciado em 2015. O montante seria de batismos, casamentos, crismas, festividades religiosas, doações e dízimos dos fiéis.
O dinheiro teria sido usado para comprar artigos de luxo, uma fazenda e uma casa lotérica. Na terça-feira (20/3), o Correio noticiou as notas promissórias da casa lotérica, localizada no município de Posse (GO), no nome do padre Moacyr Santana. A loja estava no nome de Pedro Henrique Costa Augusto e Antônio Rubens Ferreira. Contudo, áudios de uma conversa entre os suspeitos apontam que 55% do estabelecimento pertencem ao padre.

Ainda na tarde de terça-feira (20/3), o MPGO começou a escutar os envolvidas. O padre Waldoson José de Melo, e os empresários Pedro Henrique Costa Augusto e Antônio Rubens Ferreira prestaram depoimento. Na quarta-feira (21/3), foi a vez do padre e pároco Waldoson José de Melo e dos supostos laranjas do esquema, Pedro Henrique Costa Augusto e Antônio Rubens Ferreira. A expectativa do MPGO é de que até sexta-feira (23/3), todos os nove suspeitos sejam escutados.