Jornal Correio Braziliense

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Filhote de tamanduá-mirim fica agarrado ao corpo da mãe atropelada

Acidente aconteceu na BR-020. O bichinho foi encaminhado ao Centro Especializado em Triagem de Animais Silvestres e será reinserido na natureza

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Um filhote de tamanduá-mirim foi resgatado pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), na Estrutural, após a mãe dele morrer atropelada, na manhã desta quarta-feira (14/3). A fêmea foi atingida quando atravessava a BR-020 e morreu na hora. O filhotinho permaneceu abraçado ao corpo da mãe até a chegada do resgate.

O sargento Franklin Evangelista, que fez o resgate, contou que um senhor encontrou os animais silvestres na pista. Para não prejudicar o trânsito, o homem os colocou em seu porta-malas e chamou o BPMA. "O tamanduá-mirim é um animal típico da região Centro-Oeste, mas nós não costumamos resgatá-los em pistas ou áreas urbanas. É mais comum que eles apareçam nas áreas rurais;, disse o policial.

Ainda agarrado ao corpo da fêmea, o filhote foi encaminhado para o Centro Especializado em Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Distrito Federal, onde recebeu atendimento. "Ele está saudável. Permenecerá em quarentena para, no futuro, ser reintroduzido ao seu hábitat natural", afirmou o sargento do BPMA.

Desequilíbrio ambiental

Matéria publicada pelo Correio no começo deste mês mostra que os atropelamentos de animais em rodovias causam desequilíbrios ambientais em áreas como o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Levantamento mostra que apenas na GO-239, próxima à reserva, mais de 2 mil animais atropelados por ano. Os dados são da pesquisa da cientista ambiental da Universidade de Brasília (UnB), Tatiana Rolim.
* Estagiária sob supervisão de Humberto Rezende.