Em protesto contra o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), policiais civis se concentram em frente ao Palácio do Planalto. Com faixas, cartazes e auto-falante, agentes pedem investimentos na segurança pública do Distrito Federal. O ato acontece no início da tarde desta quinta-feira (1;/3), no mesmo momento em que o chefe do Executivo local e outros governadores se reúnem com o presidente Michel Temer (PMDB) e o ministro da Segurança Pública, Raul Jugmann.
Servidores levaram um boneco inflável para representar o governador e pedem que a segurança pública do Distrito Federal seja integrada ao Ministério da Segurança Pública. Para o início do protesto, os agentes se concentraram em frente ao Congresso Nacional e caminharam até em frente ao Palácio do Planalto.
"Precisamos chamar a atenção para o que o governo local tem feito com a segurança pública do Distrito Federal. A violência aumentou bastante na atual gestão, um dos reflexos disso é a sensação de insegurança da população e não temos nenhum perspectiva de melhora", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Rodrigo Franco.
No entanto, balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública mostra que em janeiro de 2018 todos os crimes apresentaram queda, menos as ocorrências de estupro. O crime é o único que sobe no Distrito Federal. Passou de 59 ocorrências no primeiro mês de 2017 para 61 casos este ano.
O número de homicídios apresentou queda histórica, com 34 vítimas em janeiro deste ano, contra 41 no mesmo período de 2017. É a menor quantidade desde 2000, de acordo com o GDF. Além disso, não houve ocorrência de latrocínio (roubo com morte) no primeiro mês deste ano. Em janeiro de 2017 aconteceram quatro casos. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Paz Social do DF (SSP-DF) em 1; de janeiro.
Pressão por paridade com a Polícia Federal
Agentes da Polícia Civil travaram uma guerra com o Governo do Distrito Federal (GDF) desde 2016, quando começaram a reivindicar recomposição de salário. Eles buscam a paridade com a Polícia Federal, que conquistou reajuste de 37%.
Na semana passada, agentes fizeram uma paralisação das atividades durante 72 horas. Eles cruzaram os braços na quarta-feira (21/2) e só retornaram aos trabalhos no sábado (24/2), período em que apenas ocorrências graves foram registradas. Em uma assembleia realizada na segunda-feira (26/2) , mas seguiriam com manifestações contra o governo de Rollemberg.