O Zoológico de Brasília anunciou, nesta terça-feira (20/2), que o elefante Babu, encontrado morto em 7 de janeiro, aos 25 anos, pode ter sido vítima de envenenamento. Os resultados preliminares para averiguar os fatores da morte apontaram indícios de intoxicação por agentes externos, o que podem ter ocasionado a pancreatite aguda.
Nos exames foram encontrados chumbo, arsênio, mercúrio e elementos cumarínicos (composto químico tóxico ao animal). De acordo com o Zoológico, esses elementos são atípicos à rotina do local e, por isso, a instituição não descarta ação criminosa.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, com colaboração do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente. "É importante ressaltar que estes dados são preliminares. Resolvemos divulgá-los agora para dar transparência ao caso e até mesmo informar à população, que pode ajudar nas investigações com alguma denúncia", declarou o diretor-presidente do zoológico, Gerson Norberto. O resultado de outros exames deve sair em um mês e pode contribuir para confirmar ou refutar a hipótese de envenenamento.
Outra possibilidade levantada pelos peritos é de problemas genéticos do próprio elefante. Por isso, os responsáveis entraram em contato com o local de origem de Babu - o Parque Nacional Kruger, na África do Sul. Também foi solicitada ajuda a centros de conservação de elefantes da Europa e dos Estados Unidos e enviadas amostras de tecido para laboratórios de Brasília, Botucatu (SP) e Belo Horizonte (MG).
Morte inesperada
Babu morreu em 7 de janeiro, após uma parada cardiorrespiratória. No dia anterior à morte, o elefante estava bem, brincava e se mostrava para os visitantes, como de costume. Mas, na manhã de domingo, acordou indisposto, o que alertou toda a equipe, que chegou a fazer alguns testes rápidos. Geralmente, elefantes criados em cativeiro vivem 60 anos, o que fez a morte de Babu ser tão surpreendente e dolorosa. Ele não apresentava doenças graves e sempre foi visto como um animal saudável.
Exames feitos no momento na necropsia mostraram que Babu morreu em decorrência de uma pancreatite aguda, resultado divulgado em 29 janeiro, mas as equipes continuaram a investigação para entender como a doença começou.
No local, ele tinha a companhia da elefante Belinha, que chegou a ver o corpo do companheiro, para entender que ele havia morrido, e não simplesmente ido embora. Ao sair da casa, a elefanta fez algo que nunca havia realizado antes. Pegou uma pedra grande com a tromba e a arremessou no chão. A atitude, vista como uma homenagem ao parceiro, emocionou a equipe de veterinários e cuidadores do Zoológico, que