Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 09/02/2018 12:03
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Distrito Federal e Entorno adquiriu 75 novas armas de choque, para a fiscalização nas rodovias durante a Operação Carnaval 2018, que começou nesta sexta-feira (9) e se estende até quarta-feira (14). Após o período, os instrumentos de segurança serão incorporados à rotina comum dos policiais.
Todo o efetivo da PRF passou por treinamento capacitatório para manipulação do novo equipamento. As armas de choque são da marca Spark Z 2.0, e se diferenciam das comuns Teaser, que já fazem parte dos aparelhos utilizados pela corporação nas rodovias.
De acordo com a chefe-substituta do núcleo de comunicação social da PRF-DF, Pellegrini, a distinção entre as marcas é a praticidade. ;A Spark é de fácil manuseio. Ela é mais leve e a bateria dura mais, se comparada à taser, que é a pilha;, esclarece.
A descarga elétrica também é divergente, sendo que a spark é mais leve, e produz um choque de 0,0021 ampere, enquanto que a teaser faz 0,0036 ampere. Todavia, Pellegrini garante que "para a finalidade paralisante, o resultado das duas é o mesmo".
O artefato será utilizado para um menor potencial ofensivo, a fim de conter a violência da pessoa detida, sem que seja necessário a utilização da arma de fogo - que também é usado pelos policiais federais.
;É o próprio policial que irá distinguir a situação, e avaliará a necessidade do uso da arma de choque, conforme o risco de vida dele e de terceiros;, afirma Pellegrini.
Polêmica
Em outubro de 2011, o Departamento de Trânsito (Detran-DF) recebeu 220 armas de choque, pelo GDF, que seriam incorporadas aos equipamentos dos agentes. Entretanto, a Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão, pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios proibiu o uso, por não ter a comprovação da necessidade de utilização do artefato. A autorização ocorreu apenas em junho de 2016, e, só então as armas saíram das caixas.
O diretor-geral do Detran-DF, Silvain Fonseca, destaca que a as armas são para aumentar a segurança dos agentes de trânsito. ;Durante as abordagens, os agentes estão expostos à diversas situações perigosas, como condutores alcoolizados ou drogados tentam agredir esses agentes;, explica.
Conforme informações do Detran-DF, na época da compra dos equipamentos, todos os agentes receberam treinamento diretamente na fábrica das armas tasers. ;Com a capacitação, criamos multiplicadores, que hoje oferecem os cursos, que se tornaram periódicos;, garante Fonseca.