Jornal Correio Braziliense

Cidades

Ministério e Secretaria de Saúde apuram roubos de remédios de alto custo

Ministério e Secretaria de Saúde apuram se homem preso em Ceilândia com remédios de alto custo roubados lesou unidades públicas da capital


Apesar de centralizar a compra de medicamentos contra o câncer, o Ministério da Saúde destaca que outras unidades da rede pública têm autonomia para adquirir o produto. ;Todos os hospitais do SUS habilitados em oncologia recebem mensalmente recursos federais para a compra de medicamentos. O valor já está incluso no total pago para a realização dos procedimentos ambulatoriais e hospitalares para o tratamento;, explica a pasta, por nota.

O Governo Federal compra sete medicamentos contra o câncer. Entre eles está o Rituximabe, usado no tratamento de leucemia grave. Um frasco chega a custar R$ 12 mil. Na casa de Edilson, foram encontradas várias caixas do remédio. Os policiais apreenderam ainda AmBisome, indicado no tratamento de infecções em pacientes com câncer e Aids. Uma caixa não sai por menos de R$ 21 mil.

;Falta de controle;


[SAIBAMAIS]Falhas no controle em medicamentos na Farmácia de Alto Custo no DF se tornaram alvo de um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU). Em setembro, o órgão apontou brechas para perda de remédios, como falta de controle de estoques e de entrega a pacientes. Em três dos seis locais de armazenamento da Secretaria de Saúde os fiscais encontraram irregularidades.

As 38 páginas destacam divergências no quantitativo de medicamentos encaminhados pelo Ministério e os recebidos pela Secretaria de Saúde. Sete remessas de produtos não chegaram. São mais de 41 mil comprimidos.

Para saber mais


Empresas de fachada

As investigações da Operação Medlecy começaram em abril de 2015, em Bauru (SP). Um grupo criminoso, segundo o Ministério Público de São Paulo, conseguia medicamentos de alto custo por meio de furto, roubo e desvio de órgãos públicos, para, em seguida, por meio de empresas de fachada, vender esses medicamentos a clínicas e hospitais. O grupo movimentou R$ 16,5 milhões entre setembro de 2014 e maio de 2016. Os presos serão acusados de prática de organização criminosa e crime contra a saúde pública. Integrantes da máfia são investigados em São Paulo, Goiás, Espírito Santo e no DF.