;Nós percebemos que só homens batalhavam e queríamos mudar esse cenário;, conta Estéfane Câmara, integrante da Batalha das Gurias, mais conhecida como DJ Marciana. A partir da batalha itinerante, que passou por Planaltina, Ceilândia, Samambaia e outras regiões administrativas, o coletivo aumentou e ganhou visibilidade nacional, influenciando outros grupos de MCs a criarem suas próprias batalhas de rap.
Periferia
;Assim que percebemos que o nosso coletivo se tornava dependente da batalha geral, dos meninos, resolvemos criar a batalha itinerante. O objetivo era buscar mulheres na periferia para ;colar; com a gente. Hoje, nós temos muitas mulheres MCs batalhando com homens, com coragem de enfrentá-los. É muito gratificante saber que fomos pioneiras nessa iniciativa e que ela está se espalhando no Brasil;, destaca Estéfane.
De acordo com a MC, ;as mulheres ainda são invisíveis no cenário cultural como um todo. Um grande exemplo disso é uma pioneira do rap ser daqui de Brasília e poucas pessoas conheceram o trabalho dela, caso da Vera Veronika. Nós queremos mais referências. Temos a Flora Matos, algumas ;minas; que nos inspiram, mas ainda é pouco;, revela Estéfane.
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* Estagiária sob supervisão de José Carlos Vieira
Frente a frente
Também conhecida como rinha de MCs, é um encontro promovido por rimadores que duelam entre si com improvisos criativos que dialoguem, com a mediação de um mestre de cerimônia, que se certifica de que os improvisos contenham rimas. O primeiro a esgotar as possibilidades de improviso perde a batalha.
"Hoje, nós temos muitas mulheres MCs batalhando com homens, com coragem de enfrentá-los. É muito gratificante saber que fomos pioneiras nessa iniciativa e que ela está se espalhando no Brasil;
Estéfane Câmara,
conhecida como DJ Marciana