Ao desaparecer, Antônio vestia calça jeans preta desbotada e camisa xadrez com cor predominante verde piscina. O funcionário Jânio Candido Portela, que prestava serviços domésticos ao homem, foi o último a vê-lo. "Ele pediu para que eu estacionasse o carro dele em frente ao Centro Espírita Voluntários da Paz, mas que ficaria na esquina. Eu fiz como ele pediu e deixei a chave com ele, antes de pegar o ônibus na parada em frente ao Campus da UnB (na Ceilândia)", conta.
Na manhã seguinte, ninguém tinha notícias do paradeiro de Antônio Carlos. A mulher dele, Terezinha Soares da Silva, ligou para Jânio perguntando pelo marido. "Todo o caminho que eu fiz com ele, refiz com a Therezinha. Foi quando encontramos o carro dele,um Jeta preto, no mesmo lugar onde eu havia deixado. Como ela tinha a chave reserva, levou o automóvel para a casa da nora, em Bernardo Sayão", explicou Jânio. Porém, Therezinha precisou levar o veículo para a delegacia, a fim de ser periciado. De acordo com informações da PCDF, o automóvel não possuía sinais de arrombamento ou danos.
O advogado Leonardo Max Nascimento, 36, também busca compreender o que aconteceu com o tio. "O que a gente quer é que a investigação comece, com a coleta de depoimentos, para entendermos o que aconteceu. Existem muitas lacunas abertas", ressaltou.