A polícia já divulgou outros vídeos (veja abaixo), mas em nenhum deles o rosto do criminoso aparece de forma a premitir a identificação, afirma Neto. "Por isso, a gente insiste (apoio) pelo disque denúncia para que possamos chegar nele o mais rápido possível e solicitar a prisão ao poder judiciário", ressalta o delegado.
Como foi o crime
No depoimento que deu na quarta-feira, Ieda contou que, após sair da casa do namorado e chegar ao estacionamento, avistou o suspeito e sentiu que "alguma coisa de ruim pudesse acontecer". Ela, então, caminhou mais rapidamente para o carro e percebeu que o criminoso continuava vindo em sua direção. "Ela abriu o carro e tentou fechar a porta. Antes que conseguisse trancar, o cara abriu o lado do motorista e, nessa hora, teria pedido para ela passar para o lado do passageiro", conta Neto.
Ainda de acordo com o delegado, Ieda ainda se mostra um pouco confusa com o que aconteceu. Em sua percepção, o tiro que levou foi disparado assim que ela ficou de pé fora do carro. Mas Neto observa que, pelas imagens das câmaras de segurança, é possível ver que os dois caminharam até, aproximadamente, o meio do estacionamento e, só então, o disparo aconteceu.
"Ela achou que ele foi muito cruel e que não teria a necessidade de atirar, pois tinha deixado no carro a bolsa, o celular e a chave ", conta o responsável pela investigação. Ieda contou ainda que gritou antes e depois do tiro. "Acreditamos que ela teria começado a gritar por socorro e que, por isso, ele efetuou o disparo", diz Neto. Por conta do ferimento no peito, Ieda precisou passar por cirurgia para colocar um dreno do pulmão e retirar resquícios de pólvora e do projétil. Ela recebeu seis bolsas de sangue.
Polícia descarta tentativa de estupro
Durante o depoimento, a mulher pediu por justiça várias vezes. "Nosso esforços são nesse sentido. Estamos fazendo o máximo para chegar à autoria", assegurou o delegado, voltando a afirmar que o crime não se configura como tentativa de estupro. "Não teve tentativa de estupro, pois não ocorreu nenhum ato executório do crime que teria sido interrompido por circunstâncias alheias à vontade do agente", argumenta.
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