Segundo o delegado-chefe adjunto da 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul), Ataliba Neto, na noite do crime câmeras de segurança de um comércio em frente ao ponto de ônibus flagraram o momento em que o autor do assassinato entrou no carro de Paulo Henrique. ;Primeiramente ele negou a participação, disse que iriam fazer um tráfico no dia, e que não sabia que o amigo iria matar alguém. Mas, com as provas apresentadas, confessou;, explicou.
O delegado explicou que a prisão de Paulo Henrique aconteceu graças a uma denuncia anônima feita na delegacia de Santa Maria, que acabou resultando primeiramente na apreensão do adolescente suspeito de atirar no garçom. ;O menor estaria assumindo a autoria do crime na rua onde morava. Mas nós precisávamos saber quem o tinha ajudado;, disse.
Após isso, as investigações prosseguiram até quarta-feira, dia da prisão de Paulo Henrique. ;Foi um difícil trabalho de identificação, conseguimos a placa e o modelo do veículo, que estava em nome de outra pessoa;, disse. E completou. ;Conseguimos chegar a essa pessoa, que nos informou que havia vendido o carro para um rapaz que morava em Santa Maria e que ele havia mandado um áudio dizendo que o veículo havia sido roubado;, explicou Ataliba.
De posse dos áudios, os investigadores identificaram Paulo e o prenderam. O homem será indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte) e corrupção de menores. Se condenado, a pena poderá ultrapassar os 30 anos de prisão, já que ambos os crimes são hediondos.
Morte ao voltar para casa
O garçom esperava por ônibus que o levaria para Águas Lindas (GO), na parada da 108 Sul, quando foi morto com dois tiros em uma tentativa de assalto, logo após sair do trabalho. Ele era funcionário de um restaurante japonês, na 408 Sul, por volta da 0h. Mesmo ferido, Jeovane chegar na escada que dá acesso à estação do metrô na mesma quadra. O homem era pai de duas crianças, uma de apenas três meses.