O motorista que dirigia alcoolizado e se envolveu em um acidente fatal na segunda-feira (18/12) vai responder ao processo em liberdade. Em audiência de custódia feita na manhã desta terça-feira (19/12), no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), a juíza que presidiu a sessão concedeu a liberdade a Emanuel Batista de Souza, 34 anos, mediante ao pagamento de fiança no valor de R$ 5 mil. O motorista que dirigia sob efeito de álcool já pagou a quantia. Ele estava detido na Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP).
A juíza de direito Patrícia Vasques Coelho considerou para a soltura que Emanuel não tinha nenhum antecendente criminal. Ela também levou em conta o pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que se manifestou pela regularidade do flagrante e pela concessão de liberdade provisória com aplicação de medidas cautelares diferentes da prisão, em especial manutenção de endereço atualizado e comparecimento bimestral em juízo, além de fiança no valor de R$ 4 mil.
Na decisão da audiência de custódia, a magistrada aumentou o valor da fiança de R$ 4 mil para R$ 5 mil. A juíza detalhou que o responsável pelo acidente tem residência fixa e trabalho lícito. "Não há indicativos concretos de que o suspeito pretenda furtar-se à aplicação da lei penal, tampouco que perturbará gravemente a instrução criminal", destaca.
Acidente quando voltava da igreja
Por volta das 23h do domingo (17/12), o carro onde Ailton da Silva Assis, 31, estava com a mulher, Thaynã Carvalho, 27, e o filho, o filho de 1 ano foi atingido quando passava pela QNO 17, na expansão do Setor O, em Ceilândia. Na direção do outro veículo, uma caminhonete Frontier, estava Emanuel Batista de Sousa, 34 anos.
Ainda no local da batida, policiais submeteram Emanuel ao teste do bafômetro. O resultado apontou a presença de 1,24 miligrama de álcool por litro de ar expelido dos pulmões - quatro vezes mais do que o limite de 0,33 mg/L, considerado crime.
[SAIBAMAIS]O motorista foi conduzido à 24; Delegacia de Polícia (Setor O). Na ocasião, o delegado de plantão não estipulou fiança. Ele estava detido na Delegacia de Polícia Especializada (DPE). Mesmo solto, deve responder por homicídio com dolo eventual, quando não há intenção de matar, mas assume-se o risco ao adotar determinada conduta.
Thaynã e o bebê de um ano se recuperam dos traumas do acidente. O sepultamento de Ailton ocorre às 16h desta terça-feira (19/12), no cemitério Campo da Esperança São Francisco de Assis, em Taguatinga.