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Laudo cadavérico confirma que aluno da UnB se defendeu para não ser morto

Apesar da divulgação do exame cadavérico, algumas perguntas seguem sem respostas. Ainda não há resultado do sangue encontrado no cabo da suposta faca utilizada no crime

Apesar da divulgação do exame cadavérico, algumas perguntas seguem sem respostas. Ainda não há resultado do sangue encontrado no cabo da suposta faca utilizada no crime, mas um laudo preliminar indicou ausência de impressões digitais no objeto. A expectativa era que os exames ficassem prontos nesta segunda-feira (18/12), mas a Polícia Civil só divulgou a causa da morte do doutorando da UnB.

A camisa do também passou por perícia, mas a polícia também não divulgou nenhum resultado. A avó contou na delegacia que o neto chegou em casa sujo de sangue e disse que ;tinha feito uma besteira em Brasília;. Ela ainda revelou que o menino lavou a blusa, o que não era comum de fazer. O adolescente foi levado ao Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) para fazer coleta de material genético. Depois, acabou liberado.

[SAIBAMAIS]O caso é investigado pela 5; Delegacia de Polícia (Área Central), mas, 11 dias depois do crime, ninguém foi preso. A bicicleta segue desaparecida, mas a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom) garante que o caso é tratado com prioridade. Equipes analisam imagens para tentar identificar o suspeito, mas o caso impõe uma série de dificuldades, como falta de iluminação e ausência de testemunhas.

mostra que o assaltante demorou menos de dois minutos para abordar, esfaquear e levar a bicicleta da vítima. Na primeira parte da imagem Arlon aparece pedalando na ciclovia ao lado do Eixo Monumental, na altura da Câmara Legislativa e em direção ao Memorial JK.

O vídeo não registra o momento do ataque, mas mostra o criminoso em fuga, com a bike roubada. Ele segue em velocidade na própria ciclovia, mas no sentido da Torre de TV. E ainda se arrisca entre os carros ao tentar atravessar o semáforo que fica em frente ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Entenda o caso

Arlon Fernando da Silva, 29 anos, foi rendido e morto no centro da capital federal na noite de 7 de dezembro. O crime aconteceu na ciclovia da via S1 do Eixo Monumental, em frente à Câmara Legislativa do DF, na altura do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), e a aproximadamente 200 metros do Palácio do Buriti.
A vítima voltava para casa de bicicleta, no Sudoeste, depois de sair da Universidade de Brasília (UnB), quando foi abordado com golpes de faca. A mais profunda atingiu a axila esquerda. Outras duas perfuraram o braço de Arlon e outra facada feriu a mão do jovem.
Ensanguentado, ele caminhou até a beira da pista para pedir ajuda, mas ninguém parou. Ao ver um carro da Polícia Militar, Arlon levantou as mãos, ajoelhou e desfaleceu. Dez minutos depois, Arlon foi socorrido por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O jovem morreu às 22h do mesmo dia no centro cirúrgico do Hospital de Base. Ele era doutorando de física da UnB. Chegou a Brasília em 2013 para cursar o mestrado depois de ter terminado a faculdade na Universidade Federal do Paraná (UFPR).