Doze dos 13 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão foi cumpridos em São Sebastião, Sobradinho, no Distrito Federal; em Planaltina, Formosa, Novo Gama, Alvorada do Norte, em Goiás; além de ordens em Ibotirama (BA) e Indaiatuba (SP). A polícia também apreendeu 4 armas de fogo, além de recuperar seis caminhões e um automóvel roubados. Um suspeito está foragido.
A investigação da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) durou aproximadamente seis meses. Segundo o delegado-adjunto Rafael Seixas, em uma das ações os criminosos roubaram um motorista que fazia parte da própria quadrilha ;A movimentação de dinheiro exata, não temos. Mas, era coisa milionária;, afirmou. O investigador garante que a busca sobre caso não chegou ao fim.
De acordo com a Polícia Civil, Francisco Silva Germano, 35 anos, é apontado como o líder do grupo. Ele planejava as ações e realizava os contatos com os executores dos roubos, compradores dos produtos e fraudadores. O homem possui antecedentes criminais pelo uso de documentos falsos.
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Morenita de Souza Nunes, conhecida como Mara, 45 anos, é esposa de Francisco. Ela o auxiliava nas ações, como no recebimento do dinheiro decorrente dos acertos das vendas dos bens roubados. Além de obter bloqueadores de sinais/rastreadores. Também realizava contatos com os demais comparsas para ajustar a prática dos crimes. Mara possui também possui antecedentes pela participação em estelionato.
Fraudes com caminhões do Exército
Uma parte do grupo, chefiada por um homem identificado como Sandro Elias Ferreira, o Tatu, era responsável por clonar placas de caminhões do Exército Brasileiro, veículos que não têm placas e que são registrados apenas pelos números dos chassis, o Número de Identificação do Veículo (NIV). Ele providenciava o cadastrado falso dos caminhões roubados na base local e nacional, além de transferir os veículos para os integrantes do grupo e pessoas ligadas a eles.
A regravação da identificação de um veículo do Exército em um caminhão particular, do mesmo modelo e ano do original só que descaracterizado, permitia aos criminosos a circulação livre pelas rodovias, já que com os dados clonados, os criminosos conseguiam transferir a documentação para os Detrans de diferentes estados.
A Polícia Civil segue investigando de que forma os criminosos conseguiam o registro das placas clonadas e afirma que irá notificar alguns órgãos responsáveis por este processo de regularização, como o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o próprio Exército, para analisar possíveis fraudes.
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