Assim como o garoto de 14 anos, esse morador do Paranoá é monitorado. O adolescente chegou a ser levado para fazer exame de corpo de delito e encaminhado ao Instituto de Pesquisa de DNA Forense para colher material genético e confrontar com vestígios coletados na unha da vítima. O resultado não ficou pronto. Outros dois suspeitos não foram ouvidos, mas policiais os acompanham. Um deles seria comparsa do jovem, e o outro, um homem que deu entrada no Hospital de Base do DF na noite do latrocínio com um ferimento de faca na mão.
Enquanto isso, segue a dúvida se o cabo de uma faca encontrado próximo ao local do crime é parte da arma usada pelo bandido. O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) que poderia apontar se a vítima tentou reagir também não está concluído.
Pertences
Na tarde de segunda-feira, dois amigos de Arlon desocuparam a quitinete onde o físico morava de aluguel, em um condomínio do Sudoeste. Com autorização da polícia e a pedido da família, eles fizeram a doação das roupas do doutorando. Pertences pessoais, como documentos, foram encaminhados a Rio Branco do Sul (PR), cidade natal da vítima e da família. A pesquisa de doutorado que estava em andamento ficou com o orientador do estudante.
Reconhecimento
O estudante paranaense havia trocado Rio Branco do Sul por Brasília em 2013. Formado em física, chegou à capital para fazer mestrado e doutorado na UnB. Primeiro, morou na Asa Norte. Em setembro, mudou-se para o Sudoeste por causa do valor do aluguel. Era tido como um prodígio da física. Um estudo realizado por Arlon e apresentado pelo orientador há duas semanas, na Universidade de Southampton, na Inglaterra, recebeu elogios.