Segundo o irmão, identificado apenas por Andreo, o corpo de Arlon foi sepultado às 13h. "O enterro ocorreu ontem mesmo aqui no cemitério da cidade", disse.
Andreo, que não via o irmão há algum tempo, explicou que a relação dele com o pesquisador era distante por conta dos estudos. "Fazia tempo que não o via, mas sempre foi muito estudioso e esforçado", afirmou. Cerca de 200 pessoas estiveram durante o velório e o sepultamento do aluno de pós-graduação do Instituto de Física da UnB.
Rio Branco do Sul, cidade paranaense onde o corpo de Arlon foi enterrado, tem 32,5 mil habitantes e fica a 30 quilômetros a norte de Curitiba. Mas era em Brasília, quase 1,4 mil quilômetros longe, que o pesquisador cultivava a maior parte dos amigos. No sábado (9/12), um funeral no Campo da Esperança levou parceiros de universidade e pessoas mais próximas à despedida de Arlon.
Morte no Eixo Monumental
O aluno de doutorado em física da Universidade de Brasília (UnB) foi assassinado na noite de quinta-feira (7/12), na ciclovia da S1 (Eixo Monumental), em frente à Câmara Legislativa e a poucos metros do Palácio do Buriti. Ele voltava para casa, no Sudoeste, de bicicleta, como costumava fazer todos os dias, segundo contam amigos, que o descrevem como reservado e estudioso.
[SAIBAMAIS]Segundo informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), por volta de 20h30, Arlon foi vítima de esfaqueamento. Ele sofreu uma perfuração grave na axila esquerda e outras na mão e no braço. O estudante pediu ajuda aos motoristas que trafegavam na via e chegou a ser socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital de Base.
O crime é tratado pela polícia como latrocínio (roubo seguido de morte). Até o momento, a investigação da Polícia Civil levou a um adolescente de 14 anos, morador do Setor O, em Ceilândia. O rapaz chegou a confessar a participação no crime em uma conversa informal com os investigadores, mas, em seguida, mudou a versão, negando a autoria do assassinato. Por não terem sido encontrados indícios suficientes para ligar o jovem ao latrocínio ele foi liberado e as investigações prosseguem. Até o momento a bicicleta usada por Arlon no dia do assassinato segue desaparecida.