[SAIBAMAIS]As cercas, guaritas e seguranças não são suficientes para inibir os roubos em veículos, ações frequentes nos sete estacionamentos do HUB. O presidente do Sindserh, Edleuzo Cavalcante, observou um aumento no número de casos nos últimos meses. "Nós tínhamos 100 vigilantes aqui e, há uns quatro, cinco meses, tivemos 36 demitidos. Depois disso, o ciclo de furtos ficou exagerado. Mesmo com a implementação de cabines, há cerca de um mês, nada foi resolvido", afirmou.
Edleuzo também ressaltou que, à noite, falta luz e vigilantes para rondarem o local. "Quando chega as 19h, não tem mais ninguém nas guaritas, os vigilantes ficam dentro do hospital", disse.
A enfermeira Talita Alves, 30 anos, foi uma das vítimas dos criminosos nesta quinta-feira. Às 16h, a servidora resolveu ir até o carro para pegar alguns pertences e fazer um lanche. Porém, percebeu que alguém havia mexido no interior do veículo. ;Estava tudo revirado. Meu alarme não soou. Levaram meu estepe;, explicou Talita.
Em seguida, ela resolveu conversar com um dos seguranças do hospital, mas foi informada de que eles não auxiliam nessas situações. ;Ele só disse que não tinha nada a ver com isso, o que é um absurdo. Não tem para onde correr. Fora que é incomum ter tantos carros arrombados em um mesmo dia;, contou a enfermeira.
Há três meses, a também enfermeira do HUB Thaslla da Silva Meneses, 32, teve o carro arrombado por volta das 19h20. O crime aconteceu próximo da oncologia do hospital. Os criminosos levaram o estepe do veículo, além de contas que ela tinha a pagar. ;Percebi que eles tentaram também levar as quatro rodas, mas não conseguiram, pois vi o macaco solto;, contou Thaslla. Ao todo, a enfermeira teve um prejuízo de R$ 1,2 mil.
Em nota, o HUB afirmou que os vigilantes do hospital cuidam apenas da segurança patrimonial da instituição, e que é de responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), em parceria com a Polícia Militar, a segurança nesses locais. A direção disse, ainda, que instalou seis guaritas mais altas para melhorar a visualização do local, bem como fechou um dos acessos para restringir a área. "O hospital também estuda a implantação de outras medidas, como a distribuição de crachás de acesso ao hospital, a compra de câmeras de segurança e a ronda de vigilantes nos estacionamentos", detalhou, em nota.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) alegou, por outro lado, que o estacionamento do hospital é administrado por segurança privada. Segundo a SSP, a área adjacente ao hospital conta com policiamento motorizado, ciclístico e motociclístico. "Há uma viatura destacada especificamente para a área, que cobre todo o Setor de Clubes Norte, além de viaturas de apoio e equipes de Inteligência", destacou, em nota.
Tanto a secretaria quanto a direção do hospital destacaram a importância de se registrar o boletim de ocorrência para focar as estratégias de segurança nos locais mais críticos.