[SAIBAMAIS]Dona do terreiro, Rosimeire Rodrigues, 51 anos, conhecida como mãe Branquinha, mora no mesmo lote do templo. Ela relatou que, durante a madrugada, acordou com um barulho. Inicialmente, pensou se tratar da televisão ligada, mas, ao olhar pela janela, viu fumaça saindo do espaço religioso. Ao chegar ao local, as chamas tinham consumindo parte do barracão.
Enquanto ela e as três filhas tentavam apagar as chamas, a residência onde mora foi invadida. A mãe de santo acredita que os invasores eram as mesmas pessoas que atearam fogo no barracão.
"Lá do templo, vimos uma movimentação. Corremos para casa e, quando chegamos lá, estava tudo revirado. Parece que a intenção era colocar fogo na minha residência também. Graças a Deus, conseguimos chegar a tempo", assegurou.
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Muito abalada, mãe Branquinha compareceu, na tarde desta segunda-feira (20/11), ao Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) do Jardim Ingá para registrar a ocorrência. Ela disse que o local incendiado era um quarto onde ficavam as imagens dos santos. "Só que eu tinha tirado a maioria de lá", relata.
Tristeza
Acompanhada pela família, ela não escondeu a decepção com mais um ataque. Há quatro anos, mãe Branquinha teve o terreiro incendiado. Tudo foi destruído e o templo foi reerguido a partir da doações dos frequentadores. "Não entendo o motivo de alguém fazer isso. Eu não faço mal a ninguém", argumentou a mulher.
O ataque ocorreu no mesmo dia em que é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra. Até o momento nenhum suspeito foi identificado.
* Estagiário sob supervisão de Margareth Lourenço (Especial para o Correio)