Quem saiu de longe para realizar a prova em Águas Claras contou com outros problemas na região. Com a paralisação do metrô, que se estendeu por este domingo, muitos tiveram que ir de carro para a região, o que acabou complicando o trânsito.
A moradora do Lago Norte Cristina Obata teve que repensar as estratégias para chegar ao concurso. Ela faz prova em Águas Claras, e por isso, deixaria o carro em alguma estação de metrô da Asa Sul, e pegaria o trem para a região do concurso. "Entendo a legitimidade desta greve, pois certamente isso não estaria ocorrendo se os direitos dos trabalhadores estivessem sendo garantidos e cumpridos", contou.
Metrô x Sindicato
A briga entre a Companhia do Metropolitano do DF e do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF (Sindmetro) continua. A empresa afirmou que só abriria neste domingo caso a categoria enviasse uma lista de funcionários previamente escalados para o fim de semana. Eles alegam que pessoas do cargo administrativo e de chefia estão realocados para cobrir as faltas e que estão todos exaustos. Segundo a corporação, é necessário 75% dos funcionários para garantir um funcionamento seguro.
Em nota oficial a empresa explicou que, "o fechamento das estações do Metrô-DF ocorreu por motivos de segurança dos usuários, tendo em vista que o sindicato insiste em descumprir a decisão judicial, não disponibilizando o efetivo operacional estabelecido liminarmente pela Presidência do TRT".
Em resposta, o Sindicaot afirma que não precisa mandar a lista e que está enviando os funcionários de acordo com a avaliação própria da quantidade que seja necessário.
A expectativa é que haja uma mobialização nesta segunda-feira (20/11), em frente ao Complexo Administrativo para tentar discutir as diretrizes da paralisação.
A categoria reivindica a contratação urgente dos mais de 600 selecionados dentro das vagas e em cadastro reserva em concurso promovido em 2014. Além disso, cobra o reajuste salarial referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 8,41%, atrasado desde 2015.
O governo alegou não ter condições financeiras para conceder reajustes aos servidores, já que há dificuldades para ajustar as contas públicas.