[SAIBAMAIS]A falta de consenso gera ainda mais incertezas aos usuários quanto à situação do transporte para os próximos dias. É o caso do funcionário de uma concessionária, Luciano do Nascimento, que precisa usar o metrô todos os dias para ir ao trabalho. "Perco tempo pegando ônibus. Fora o gasto com passagem, que aumenta, pois pago dois bilhetes", lamentou.
Ao Correio, a direção do Metrô-DF disse, ainda, que vai parar de realocar gerentes e supervisores de outras áreas para trabalharem nas linhas. Questionados sobre se a decisão foi tomada pela falta de capacitação dos funcionários para exercerem o serviço, a companhia afirmou que eles são aptos e treinados para pilotar e atuar nos trens com segurança, mas que não fariam mais essa mudança, já que gera defasagem nas outras áreas.
Apesar de descumprir a liminar expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10; Região (TRT-10), o sindicato alega que "está enviando funcionários suficientes para possibilitar o funcionamento dos trens e que quem está fechando as estações é a empresa". Em contrapartida, o Metrô diz ser necessário o funcionamento mínimo de 75% da frota, do contrário, não há segurança para os passageiros.
O impasse segue no âmbito judiciário, já que não houve acordo entre as partes. A categoria reivindica a contratação urgente dos mais de 600 selecionados dentro das vagas e em cadastro reserva em concurso promovido em 2014. Além disso, cobra o reajuste salarial referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 8,41%, atrasado desde 2015.
O governo afirma enfrentar dificuldades para ajustar as contas públicas e não ter condições financeiras para conceder reajustes aos servidores.