O Metrô-DF apresentou contestação e defendeu que não pode ser responsabilizado, pois "não praticou nenhuma ação ou omissão para a ocorrência do evento, que poderia ter sido evitado se a autora tivesse utilizado o vagão exclusivo para mulheres".
Para a juíza, no entanto, a companhia não pode atribuir a responsabilidade de zelar pela segurança aos passageiros. "A ré não tomou qualquer providência para evitar ou mesmo para identificar o responsável pela agressão e, agora, tenta imputar à autora a responsabilidade por sua omissão. Não se trata de atribuir à parte ré a responsabilidade de controlar o desejo sexual dos passageiros, mas sim de garantir a segurança daqueles que se utilizam de seus serviços, promovendo a necessária fiscalização como forma de coibir tais atos e tomando as medidas necessárias para identificar os responsáveis, tudo em conformidade com a legislação de regência;.
Greve
Os funcionários do Metrô-DF estão em greve desde 9 de novembro. Por isso, os trens só estão funcionando em horário de pico, entre 6h e 10h, e entre 16h30 e 20h30. Nesse período, o número de trens circulando é menor do que o normal, e o transporte, que normalmente já é lotado, fica com trens ainda mais cheios.
Na terça-feira (14/11), uma passageira passou mal e desmaiou em um dos vagões por causa da superlotação. Na hora do incidente, os próprios passageiros tentaram ajudar a mulher, não havia equipe de primeiros socorros e apenas um funcionário do Metrô-DF apareceu para tomar as providências devidas.