O Produto Interno Bruto (PIB) do Distrito Federal obteve o quinto melhor desempelho entre as 27 Unidades da Federação em 2015, com R$ 215,613 bilhões. Pela primeira vez, a economia brasiliense registrou variação negativa do PIB desde 1985. O indicador que mede o nível da atividade econômica retraiu 1%, abaixo de Mato Grosso do Sul (-0,3%), Roraima (-0,3%), Tocantins (-0,4%) e Pará (-0,9%). As informações são do levantamento da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), divulgado nesta quinta-feira (16/11).
O melhor desempenho do DF em 2015 se deve, segundo o estudo, pelo fato da economia local ser movimentada, preferencialmente, pelo setor de serviços, com grande influência do funcionalismo público. O valor adicionado foi de R$ 175,671 bilhões referentes a 94,3% da estrutura econômica.
Já os setores Agropecuário e Industrial têm pouca representatividade, em termos relativos, na produtividade local. O primeiro caiu 28,8% na mesma base de comparação, mas pouco influenciou o indicador geral. O segundo, respectivamente, manteve a trajetória de contração, - 7,5%, após queda de 6,8% em 2014.
Os dados mostram ainda que a economia brasiliense sentiu os efeitos desfavoráveis dos juros elevados, da alta taxa de inflação, do desemprego e da redução da renda do trabalhador, bem como das medidas fiscais mais restritivas, adotadas pelos governos federal e local. A taxa básica de juros encerrou 2015 em 14,25% ao ano, e a inflação anual, medida pelo IPCA, atingiu 9,67% no DF e 10,67% no Brasil.
De acordo com os números do Cadastro Central das Empresas (Cempre/IBGE), no DF, de 2014 para 2015, o número total de pessoas ocupadas reduziu 4,8%, sendo a redução entre os ocupados assalariados de 4,9%. Houve queda real de 3,4%1 no total da massa de salário e outras remunerações.
Como resultado de uma queda menor que a verificada no Brasil, o Distrito Federal aumentou sua participação relativa no PIB nacional, passando de 3,4% em 2014 para 3,6% em 2015. Na Região Centro-Oeste, a participação do DF também ampliou, de 36,4% para 37,2%.