Os alimentos que estavam dentro das geladeiras também estragaram sem energia elétrica. Na casa da professora Ilda Holanda, de 51 anos, no Núcleo Bandeirante, por exemplo, o queijo e presunto comprados para a semana não resistiram à falta de refrigeração. ;As coisas que estão aqui já eram. A minha geladeira não tem gelo nenhum, eu já tive um prejuízo enorme aqui, inclusive perdi remédios;.
[SAIBAMAIS]Em três dias, a CEB recebeu quase 3 mil chamados para reparos. A situação é mais crítica em Ceilândia, Taguatinga, Sobradinho, Brazlândia, Planaltina, Samambaia, Núcleo Bandeirante, Lago Sul e Lago Norte.
Sem acordo com o governo
A paralisação dos empregados da CEB foi deflagrada na última segunda (6/11), antes do temporal arrasar a cidade. Segundo o sindicato que representa a categoria, a proposta apresentada pela direção da companhia prevê "apenas a reposição da inflação", referente a 2016 e 2017. Os trabalhadores dizem que não recebem recomposição desde 2014, e que aguardavam nova proposta.
Em nota, a CEB diz que ofereceu "recomposição salarial de 100% das perdas inflacionárias do período além da manutenção de todas as cláusulas atuais do Acordo Coletivo de Trabalho, inclusive os benefícios sociais históricos da categoria como auxilio creche, auxílio babá, vale alimentação".
Ontem, o governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg determinou que a direção da CEB adote medidas legais junto à Justiça para resolver a greve. "É inadmissível que num momento em que boa parte da cidade sofre sérios danos com as sucessivas enxurradas que os funcionários da empresa entrem em greve e deixem de atender plenamente a milhares de pedidos de reparos", declarou o GDF em nota.