postado em 07/11/2017 11:02
O motorista que causou a morte do ciclista Raul Aragão, na L2 Norte, dirigia a 95km/h no momento da colisão. A velocidade máxima permitida na via é 60 km/h. A informação consta do laudo criminalístico da Polícia Civil do Distrito Federal, divulgado na manhã desta terça-feira (7/11).
[SAIBAMAIS]Ainda de acordo com o documento, Johann Homonnai, 18 anos, pretendia entrar na via de retorno da pista e, por isso, já estava em processo de franagem do veículo. No momento em que ele desviou a direção para a outra faixa, colidiu com a bicicleta. Com isso, o carro saiu da pista, acertou o meio-fio, adentrou o canteiro central e trafegou por mais 37,9m. Já a bicicleta foi arrastada por 21m e tombou sobre o asfalto.
Ministério Público
Na segunda-feira (6/11), a ONG Rodas da Paz protocolou um pedido de acompanhamento do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) do inquérito policial para assumir o caso. O documento foi entregue pelos pais de Raul Aragão, amigos e representantes da ONG.
No documento, a Rodas da Paz alega que, após 15 dias do falecimento de Raul, o motorista do carro ainda não havia sido chamado para prestar depoimento. A mãe da vítima, Renata Aragão, 58 anos, relata que precisou ir à delegacia na última quarta-feira (1/11) para saber se a polícia havia avançado nas investigações.
Relembre o caso
O estudande de sociologia da Universidade de Brasília (UnB) Raul Aragão pedalava em 21 de outubro próximo ao local onde morava, na 406/407 Norte, quando foi atropelado por um carro. O motorista ajudou no socorro e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A vítima foi encaminhada para o Hospital de Base de Brasília (HBDF), mas não resistiu aos ferimentos e morreu às 5h do dia seguinte. Johann Homonnai passou por teste do bafômetro no local. O etilômetro apresentou resultado negativo para embriaguez. O corpo de Raul Aragão foi velado em 23 de outubro, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.