postado em 04/11/2017 14:00
O Governo de Brasília (GDF) anunciou neste sábado (4/11), a finalização da instalação da manta de impermeabilização do Aterro Sanitário, que fica ao lado da Rodovia DF-080. As intervenções fazem parte da segunda célula de aterramento da primeira etapa das obras. Nesta semana, foram colocados 22 mil metros quadrados de área. O novo espaço para depósito de resíduos não recicláveis deverá ser concluído em janeiro de 2018, após o lixão da Estrutural ser desativado.
A instalação do Aterro Sanitário foi dividida em quatro partes. A primeira célula, de 110 mil metros quadrados, está em operação desde a inauguração do local, em janeiro. De acordo com o Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU), até 25 de outubro, o aterro recebeu 214 mil toneladas de resíduos. A média diária é de 800 toneladas. O SLU ressaltou que as obras na segunda fase começaram paralelamente à operação da primeira célula. Segundo o órgão, é importante que o preparo do local ocorra antes que o período chuvoso se intensifique, para evitar acúmulo de água e, consequentemente, de chorume.
Como funciona o Aterro Sanitário de Brasília
O Aterro Sanitário de Brasília foi projetado para comportar 8,13 milhões de toneladas de lixo. A área total do local é de 760 mil m;, dos quais 320 mil são destinados a receber os rejeitos. Apenas motorista e veículo levando o material são autorizados a entrar no local. Duas balanças rodoviárias ficam instaladas para pesar os caminhões que chegam e saem.
A forma como o lixo no Aterro Sanitário de Brasília é armazenado, passa por uma série de cuidados, que começa com drenos de captação de águas subterrâneas para evitar que a pressão no solo provoque rupturas na estrutura. Por cima dele, é colocado 1,5 metro de solo compactado e, em seguida, vem a manta de impermeabilidade. Acima da manta há uma outra cobertura de 50 centímetros, que a protege de estragos, já que os caminhões que transportam rejeitos passam por cima do material.
Ao ser colocado no solo, o rejeito é espalhado e compactado diariamente com terra. Isso permitirá a estabilidade do aterro e o acesso para abertura de novas frentes de serviço. Na medida em que os taludes forem formados, a estrutura receberá grama para sustentação. Em conjunto à colocação de rejeito no solo, são elevados dois tipos de drenos: um de captação de água pluvial e outro de chorume (líquido produzido pela decomposição da matéria orgânica dos rejeitos) e gás. A água pluvial captada no aterro é enviada a dois reservatórios destinados a esse fim e vai para o Rio Melchior.
Já o chorume segue para outro reservatório apropriado, de onde segue para a Estação de Tratamento de Esgoto Melchior, da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), vizinha do aterro.
*Com informações da Agência Brasília